Dia a dia
Mulher dá à luz em calçada de Jardim da Penha
Após o nascimento do bebê, o Samu chegou e eles receberam os primeiros atendimentos médicos ainda na ambulância

Policiais realizam parto em calçada de Jardim da Penha. Foto: Reprodução/Instagram/@lors_nsct
Uma mulher entrou em trabalho de parto e deu à luz uma menina em uma calçada de Jardim da Penha, Vitória, na noite do último domingo (6). O parto ocorreu com ajuda de uma professora de inglês de 32 anos e de policiais militares.
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A professora ava pelo local para comprar pizza e, ao sair do estabelecimento, se deparou com a cena da mulher, que possivelmente vive em situação de rua, gritando com as dores das contrações. Mesmo atordoados e sem compreender a situação, o namorado da jovem conseguiu acionar o SAMU.
“Foi tudo muito rápido. Primeiro um flanelinha pediu para levá-la à maternidade. Em seguida os policiais militares chegaram. Não deu tempo de colocá-la dentro do carro. Ela se jogou no chão e gritou: ‘vai nascer agora'”, lembra a professora.
Ao perceber que a criança estava muito próxima de nascer, os militares acionaram novamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Sem nunca ter visto um parto na vida, a jovem conta que não pensou duas vezes, encorajou a mulher a fazer força e se posicionou para retirar o bebê.
“O bebê nasceu ainda dentro da bolsa. Na hora eu fiquei confusa, mas depois a bolsa se rompeu sozinha. A neném continuava arroxeada. Então a mãe sugeriu que ele estivesse engasgado. Daí eu embalei ela com cuidado e esperei. Depois ela começou a chorar. E então pedi que os policiais os pegassem. Na sequência o SAMU chegou e prestou os primeiros socorros”, disse a professora.
Para a jovem, é difícil descrever o momento vivido e a emoção sentida. Foram minutos de desespero, mas sem dúvida de solidariedade àquela mãe que estava ali no chão frio em um momento tão especial. Ela não mediu esforços para estender, literalmente, as mãos e amparar aquela vida que chegava.
“Eu ainda não digeri. Foi tudo tão rápido. Tão intenso. Eu só queria que tudo ficasse bem. Que a mãe e o bebê estivessem bem. Eu nunca vou me esquecer do momento em que aquele bebê caiu em minhas mãos e quando ouvi o choro dele. Foi um alívio e uma alegria indescritível”, revela.
