Dia a dia
MPF quer identificar financiadores de acampamentos no ES
Um ofício foi enviado ao secretário estadual de Segurança e ao comandante do 38º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro

Grupo de bolsonaristas na Prainha. Foto: Josué de Oliveira
O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES) cobrou a identificação do financiamento dos acampamentos bolsonaristas no Espírito Santo. Um ofício foi enviado ao secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, e ao comandante do 38º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro, coronel Rodrigo Penalva de Oliveira, nesta segunda-feira (9).
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No ofício, o órgão determinou que os responsáveis informem, em 48 horas, as medidas investigativas adotadas e a identificação dos financiadores e dos que cooperaram com fornecimento de estrutura para manutenção dos acampamentos e aglomerações nas intermediações do 38º Batalhão de Infantaria e outras unidades militares no Espírito Santo, além de prédios e espaços públicos, que proponham atos antidemocráticos, golpe de estado, “intervenção militar” ou ruptura institucional.
Também foi solicitado que as instituições enviem a identificação das pessoas envolvidas e dos veículos usados nesses atos. A medida visa ao cumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal no Inquérito 4.879, que determina a desocupação e a dissolução total, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos Quartéis Generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016, e nos artigos 288 (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado), 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 286 (incitação ao crime).
ATOS GOLPISTAS
Inconformados com a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas urnas nas eleições de 2022, manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (8). Os atos criminosos começaram após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, no centro de Brasília, que estava fechada, ter sido rompida.
Os manifestantes começaram as invasões pelo Congresso Nacional, ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram o vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa. Após a depredação no Congresso, os manifestantes golpistas invadiram o Palácio do Planalto, onde também subiram a rampa e conseguiram chegar até o terceiro andar, que abriga o gabinete do presidente da República. Em seguida, houve depredação no Supremo Tribunal Federal (STF), onde foram quebrados vidros e móveis, arrancadas as cadeiras do plenário, em um cenário de destruição.

Móveis e janelas danificadas no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
