Dia a dia
MPC aponta promoção pessoal do prefeito de Vila Velha nas redes sociais
O órgão pede a retirada de todas as publicações que associem ações e programas do município à sua imagem e logomarca pessoal
O Ministério Público de Contas (MPC) propôs representação em que aponta a realização de promoção pessoal do prefeito de Vila Velha, Arnaldo Borgo Filho, pela associação de sua imagem e logomarca pessoal às ações e programas oficiais do município em seu perfil pessoal nas redes sociais, em especial na divulgação da campanha de vacinação contra a covid-19.
Na representação, o órgão ministerial pede ao Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) a concessão de medida liminar para determinar ao prefeito que retire imediatamente de suas redes sociais todas as publicações, bem como se abstenha de utilizar seu perfil para este fim.
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Imagens compartilhada nas redes sociais do prefeito Arnaldinho Borgo. Foto: Reprodução
Na avaliação ministerial, tais associações, quando realizada por meio de perfil pessoal do gestor, “não descaracteriza a violação do princípio da impessoalidade, sob pena de se permitir a criação de uma publicidade paralela das ações e programas oficiais, por meio da qual o agente público incauto sente-se livre para realizar promoção pessoal da sua imagem a partir da divulgação das ações e programas oficiais, custeados com recursos públicos”.
Outro ponto destacado na representação é que tanto a Constituição do Espírito Santo quanto a Constituição Federal deixam claro que “da publicidade não pode constar nomes ou imagens que caracterizem promoção pessoal”. A Constituição Estadual vai além e veda a utilização de cores, imagens ou símbolos que guardem associação com a figura do gestor.

Imagens compartilhada nas redes sociais do prefeito Arnaldinho Borgo. Foto: Reprodução
Em nota, a prefeitura de Vila Velha afirma que as publicações atendem aos princípios da publicidade e eficiência e sobretudo, buscam garantir o sagrado direito constitucional à “saúde”. Diz Também que assim como diversos gestores municipais, estaduais e federais, as publicações foram efetivadas com o intuito único e exclusivo de incentivar que as pessoas se vacinem contra a o novo coronavírus.
Por fim, defende que essas são campanhas de interesse público, de saúde pública, que jamais tiveram o condão de gerar qualquer tipo de promoção pessoal, mas sim de viés educacional, com intuito de vacinar o máximo de pessoas.
