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Mortes de motoristas motivaram protesto de rodoviários por vacina

Os motoristas querem a antecipação da vacinação contra a covid para a categoria

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O protesto de motoristas do Sistema Transcol, que atrasou a retomada do transporte público na Grande Vitória, no início da manhã desta terça-feira (13), foi para solicitar a antecipação da vacinação contra a covid para a categoria. Segundo o diretor do Sindirodoviários, Miguel Leite, o que motivou a paralisação foi a morte de ao menos 30 motoristas de ônibus pelo coronavírus.

“Mais de 30 já faleceram pela doença, outros estão muito doentes, alguns intubados e outros se recuperando em casa. A gente está na linha de frente como médicos e enfermeiros que já foram vacinados e nós não”, afirma.

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Ele questiona ainda a vacinação das forças de segurança, como policiais. “A gente não é contra a vacinação deles, mas estão em dois na viatura e o motorista está algumas vezes com mais de 100 pessoas no ônibus, além de atender a todos os setores da sociedade.

O GVBus informou que o Sistema Transcol conta com cerca de 3.600 motoristas. “Entre 2020 e 2021, quatro morreram vítimas de covid-19. O que representa 0,1% dos profissionais. Esse número é menor do que a comparação com a população geral do estado (0,2%), o que demostra que as medidas sanitárias adotadas pelo sistema estão ajudando a contar a contaminação no transporte coletivo”, afirmou o GVBUs, por nota.

A respeito do pedido dos motoristas, a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) considerou a reivindicação legítima, mas ressaltou que já tinha esclarecido que a prioridade de vacinação é dado pelo Ministério da Saúde, pelo Plano Nacional de Imunização. E é o governo federal que vem adquirindo a vacina, distribuindo e definindo os grupos prioritários.

Sobre o protesto desta terça-feira, a Semobi disse que ao impossibilitar os coletivos de saírem das garagens, a categoria prejudicou mais uma vez a população, já que nem mesmo os profissionais de saúde conseguiram chegar ao trabalho.