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Moradores temem tanques de combustível perto de escola em Vila Velha

Reservatórios no Porto de Capuaba geram críticas de moradores da Ilha das Flores, que temem riscos à saúde e segurança

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Construção dos tanques de combustível avança a poucos metros de casas e da escola UMEF Macionilia Maurício Bueno, em Vila Velha

Construção dos tanques de combustível avança a poucos metros de casas e da escola UMEF Macionilia Maurício Bueno, em Vila Velha. Foto: Reprodução/TV Sim/SBT

A construção de 16 tanques para armazenamento de combustíveis no Porto de Capuaba, em Vila Velha, tem gerado protestos entre os moradores dos bairros Ilha das Flores e Paul. As estruturas estão sendo erguidas a cerca de 50 metros de residências e da UMEF Macionilia Maurício Bueno, o que levanta preocupações com possíveis impactos à saúde, à segurança e à valorização imobiliária da região.

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Segundo os relatos da comunidade, a obra teve início sem diálogo com os moradores. “O nosso medo é uma explosão ou um incêndio. Não pediram nenhuma audiência com a comunidade”, afirmou Epaminondas Simões Gomes, diretor de esportes da Ilha das Flores. Ele também diz que os moradores souberam da liberação da obra por meio de boatos que apontam uma contrapartida informal da prefeitura: a construção de um miniestádio em troca da autorização para os tanques.

Moradores relatam impactos antes da inauguração

Antes mesmo da finalização da construção, os transtornos já começaram. Uma moradora, que não quis se identificar, disse que as perfurações no solo têm afetado a estrutura de imóveis próximos. “Os barulhos deles furando o chão fazem tudo tremer”, contou.

O pedreiro Jadson Cardoso, dono de um terreno na região, relata prejuízo financeiro. “Um comprador desistiu quando soube da construção. Ele nem chegou a fazer proposta. Desvalorizou tudo”, disse.

Escola próxima aumenta a tensão na comunidade

Um dos principais pontos de preocupação é a proximidade entre os tanques e uma escola pública localizada na Rua Vasco Alves de Oliveira. De um lado da rua estão as casas e comércios; do outro, os reservatórios. Moradores temem que o cheiro constante de combustível afete principalmente crianças e idosos.

“O vento vai jogar o cheiro direto na escola. Vai ter óleo diesel, gasolina, talvez soda cáustica. As crianças vão ar mal todo dia”, afirmou Epaminondas.

Empresa diz ter licenças e agenda de diálogo

A empresa responsável, Navegantes Logística Portuária, afirmou em nota que possui todas as licenças exigidas pelo órgão ambiental estadual e que realizou os estudos técnicos obrigatórios. A empresa também informou que já iniciou reuniões com lideranças das 13 comunidades do entorno e prevê ações para esclarecimento dos moradores.

A Prefeitura de Vila Velha, por sua vez, confirmou que o projeto está regularizado, com alvará de construção e Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).

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