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Dia a dia

Ministério alerta para surto de dengue a partir de março

Superintendente de Saúde diz que ainda há risco de aumento de casos de chikungunya, doença também transmitida pelo Aedes aegypti

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O Ministério da Saúde alertou, nesta quarta-feira (15), que o Espírito Santo e outros 10 estados devem sofrer aumento de casos de dengue neste ano. Em entrevista ao portal G1, o porta-voz da pasta, Rodrigo Said, afirmou que pode haver surto da doença nos estados do Nordeste, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro a partir de março. Em 2019, o estado registrou quase 80 mil ocorrências de dengue, número cinco vezes maior que em 2018. O superintendente regional da Saúde de Vitória, Luiz Carlos Reblin, afirma que, além da dengue, há risco de novo aumento de casos de chikungunya neste ano, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

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O motivo para o surto nos 11 estados apontados pelo Ministério de Saúde, segundo o porta-voz, seria a ocorrência do sorotipo 2 da doença nas regiões onde o vírus não circulou no ano ado. Mas Reblin explica que desde 2018 o sorotipo 2 da dengue voltou a circular no estado e que, por isso, houve aumento das notificações em 2019.

“Mais de 80% dos casos que tivemos no ano ado foram do sorotipo 2. A possibilidade de surto de dengue sempre existe, mas não por esse motivo, e sim porque ainda há muitas pessoas suscetíveis, que não tiveram contato com a doença”, explica.

Novo crescimento

Neste ano, até a última terça-feira (14), já tinham sido registrados 1.177 casos de dengue, segundo Reblin. Também foram contabilizados mais de 500 casos de chikungunya – o que equivale a 17% de todos os registros do ano ado.

“Em outros estados, o vírus da chikungunya já circulou com mais vigor e produziu grandes epidemias. Mas no Espírito Santo isso ainda não aconteceu. A expectativa é que esse seja o ano em que ele vai circular com mais intensidade aqui”, afirma.

Para preparar os capixabas, no dia 19 de fevereiro equipes do Ministério da Saúde vão realizar um evento para capacitação de 250 profissionais da saúde, que farão também uma avaliação da situação.

Ainda, de acordo com o superintendente, a Sesa está oferecendo apoio aos municípios para revisão dos seus planos de contingência, que estabelecem estratégias de controle do mosquito e de atendimento à população afetada.

Previna-se da dengue

• Ponha areia em pratos de vasos de plantas;
• Jogue tampinhas, latinhas e embalagens plásticas no lixo e guarde em local coberto;
• Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo;
• Tampe ou cubra as caixas d´água com tela antimosquito;
• Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas;
• Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos.

Sintomas

• Febre alta repentina;
• Falta de apetite;
• Manchas vermelhas no corpo;
• Nauseas e vômitos;
• Dor de cabeça;
• Dor atrás dos olhos;
• Fraqueza;
• Dores nos músculos ou articulações;
* Na forma hemorrágica, podem ocorrer sangramentos, dores abdominais intensas e pressão baixa.

Alta incidência

Número de casos, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde*:
• Dengue
2018: 16.043, com 18 mortes;
2019: 79.245, com 43 mortes (394% de aumento de casos em relação a 2018);

• Chikungunya
2018: 1.221;
2019: 2.922 (139% de aumento em relação a ano anterior);

• Zika
2018: 507;
2019: 1.201 (136% de aumento em relação a 2018);
* Os boletim com os dados atualizados deste ano serão divulgados pela Sesa nesta quinta-feira (16).