Dia a dia
Maioria dos capixabas defende isolamento social, aponta pesquisa
Levantamento afirma que 57,4% defendem o isolamento social. Outros 4% acreditam que todos devem voltar a circular normalmente

Isolamento social é defendido por moradores do Espírito Santo. Foto: Pixabay
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Ao contrário do que tem sido defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a maioria dos moradores da Grande Vitória acredita que as pessoas devem ficar em casa durante a pandemia do novo coronavírus, exceto os profissionais de saúde e de serviços essenciais.
É o que aponta uma pesquisa da Enquet, feita entre os dias 8 a 12 de abril. O levantamento ouviu 775 pessoas que, para evitar contato pessoal, responderam as questões pela internet. A margem de erro da pesquisa é três pontos e meio percentuais.
Desse total, 57,4% defende que as pessoas permaneçam em casa, enquanto 35,1% defende o isolamento apenas de quem estiver nos grupos de riscos (idosos, doentes, hipertensos etc). Já para 4% dos capixabas, todos devem voltar a circular normalmente, ainda evitando grandes aglomerações.
Embora mais da metade dos entrevistados acredite no isolamento, apenas 42,1% está fazendo home office. Por outro lado, 8,4% ficou desempregado após o início da crise, e 4,1% está vivendo de pequenos serviços.
Esses dados refletem uma disputa política que atinge o país desde o início da pandemia, na qual o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta adota as medidas da OMS (Organização Mundial da Saúde), e o presidente Bolsonaro opõe-se à desaceleração da economia.
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Quanto ao poder aquisitivo das famílias diante do fechamento do comércio e as demissões em massa, 44,1% afirma que a renda permanece a mesma, 28,5% alega que diminuiu um pouco e, para 25,9%, diminuiu mais do que o esperado.
Além disso, a expectativa em relação à vida profissional pelos próximos 30 dias também varia: 32% acredita que a situação deve piorar, enquanto 12,9% espera por melhores dias. As incertezas da crise levaram 26,5% a não saber responder.
“Isso mostra que nem todo mundo prevê um declínio nos próximos dias. De certa forma, as pessoas estão começando a enxergar coisas positivas para a própria família e para o país”, explica Rita Abreu, uma das idealizadoras da pesquisa.
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Por fim, os entrevistados elegeram a imprensa on-line e os jornais impressos como canais mais confiáveis para procurar informação, com 6,4 e 5,9 pontos (em uma escala de 0 a 10), respectivamente. Mesmo assim, apenas 66,6% consome jornais impressos.
Apesar de só possuir 3,7 pontos de credibilidade na difusão de notícias, o WhatsApp lidera o ranking do meio de comunicação mais ado, com 98,7%. O aplicativo ficou acima apenas do Facebook, que recebeu 3,4 pontos.
