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Dia a dia

“Investigação contra mim é fumaça”, diz Do Val sobre operação da PF

O senador manteve a festa de aniversário em um cerimonial de Vitória após a operação da PF

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O senador Marcos do Val disse que está sendo alvo de perseguição do STF. Foto: Reprodução/TV Capixaba

Durante evento de comemoração dos 52 anos, em um cerimonial de Vitória, o senador capixaba Marcos do Val (Podemos) resolveu se pronunciar sobre a operação da Polícia Federal da qual foi alvo na última quinta-feira (16), data do seu aniversário.

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Em um rápido momento antes de entrar para a comemoração com amigos, familiares e aliados, o senador declarou que está tranquilo em relação às investigações determinadas pelo Supremo Tribunal Federal contra ele por suposto envolvimento em um plano de golpe para evitar a  posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“O fato de eu estar sendo investigado é fumaça. Tenho minha consciência limpa, tranquila e transparente”, declarou.

Durante a entrevista, Do Val lembrou da reunião que tinha sido convidado pelo então deputado Daniel Silveira na qual estaria o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eu cheguei ao ministro [Alexandre de Moraes] um dia antes e falei: chegou até mim um convite de participar de uma reunião e eu acho que é para não deixar o Lula tomar posse. O ministro disse o seguinte: É sempre bom escutar. Vai até lá, escuta e me rea. Nas mensagens entre ele e eu isso fica muito claro. O que ele ficou preocupado e agora todo mundo viu é que o STF foi comunicado com antecedência sobre o fato”, disse.

Sobre os mandados de busca e apreensão, o senador considerou uma invasão ao Senado (um dos alvos da Polícia Federal foi seu gabinete) e que na próxima semana os senadores vão se reunir para tratar do tema.

“O STF fez uma ação de invasão, quebrando a constituição com motivo torpe e sem as comunicações devidas e de forma monocrática. Eles entraram lá (agentes da PF), ficaram constrangidos, me pediam desculpa todo o tempo porque sabiam que estavam fazendo algo que não estava dentro da Legislação”.

E prosseguiu: “isso é uma perseguição, isso está muito claro. Não encontraram absolutamente nada. O que está se discutindo agora entre os senadores é que um poder, de forma monocrática, de um único ministro, fazer uma operação dentro do gabinete de um senador da República, como motivo totalmente fútil. Não tem condição de vocês acharem que eu poderia estar envolvido em algo. Os senadores estão indignados, a sociedade também está indignada. O correto seria um aviso de 48 horas de antecedência ao presidente do Senado”.

Prisão

A Polícia Federal chegou a solicitar a prisão do senador Marcos do Val (Podemos-ES), mas o pedido não foi acatado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).  A operação contra o parlamentar foi pedida pela própria cúpula da PF durante as investigações sobre atos golpistas que aconteceram no dia 8 de janeiro.

Nas buscas feitas nos endereços do senador em Brasília e Vitória, foram apreendidos documentos, computadores e celulares. As redes sociais do senador também foram bloqueadas.

O ministro Alexandre de Moraes ordenou a iniciação de uma investigação contra o senador em fevereiro. A suspeita é de que ele cometeu crimes de testemunho falso, denunciação caluniosa e coação.

Essa averiguação iniciou-se após Do Val realizar uma transmissão ao vivo em suas redes sociais. Durante a transmissão, o senador afirmou que a revista Veja veicularia uma matéria que acusaria o presidente Bolsonaro de tentar coagi-lo a “dar um golpe de Estado junto com ele”.

Posteriormente, o senador recuou da acusação direta e alegou que Bolsonaro apenas “ouviu” o plano do ex-deputado federal Daniel Silveira, afirmando que consideraria o assunto.