Dia a dia
Índia nega envio imediato de 2 milhões de doses da vacina
Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, fez uma última tentativa em vão para tentar manter o cronograma estabelecido pelo governo federal
A Índia negou o envio imediato das 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford para o Brasil. Segundo informações do portal UOL, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, fez uma última tentativa em vão para tentar manter o cronograma estabelecido pelo governo federal para trazer as doses e iniciar a vacinação. A previsão do governo brasileiro era começar a vacinação na próxima quarta (20) ou quinta-feira (21).
De acordo com o UOL, em contato telefônico com o chanceler indiano Subrahmanyam Jaishankar, Araújo ouviu que não seria possível atender à demanda brasileira neste momento. Araújo e Jaishankar conversaram e o chanceler indiano deixou claro que há boa vontade em fornecer as doses produzidas pelo Serum Institute. No entanto, questões logísticas no momento impedem o país asiático de cumprir a previsão do governo brasileiro.
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O argumento principal é de que a Índia iniciará neste sábado (16) a sua própria campanha de vacinação contra a doença causada pelo novo coronavírus. O país conta com a vacina para imunizar sua população porque aprovou o seu uso emergencial no primeiro dia do ano.
Com a negativa da Índia em atender o pedido do governo brasileiro, não deve partir na noite desta sexta (15) o avião da Azul fretado pelo governo brasileiro que iria até a Índia buscar o imunizante. A aeronave já foi até adesivada especialmente para a missão e está desde quinta-feira (14) no Aeroporto dos Guararapes, no Recife e tinha previsão de partir rumo à cidade indiana de Mumbai às 23h (de Brasília).
Há uma semana, o presidente Jair Bolsonaro chegou a enviar uma carta para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pedindo a antecipação “com urgência” do fornecimento dos 2 milhões de doses. A intenção do governo indiano é de atender à demanda brasileira nos próximos dias, mas ainda não há previsão real para isso.
Com a falta da previsão de chegada do imunizante da AstraZeneca, mais conhecido como vacina de Oxford, o Ministério da Saúde só conta agora com a CoronaVac para começar o plano nacional de vacinação. A vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac é a única com doses à disposição no Brasil, cerca de seis milhões.
A CoronaVac e a vacina de Oxford, que será produzida depois no Brasil pela Fiocruz ainda esperam o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para poderem ser aplicadas. A agência prometeu uma decisão sobre o pedido de uso emergencial dos dois imunizantes para domingo (17).
