Dia a dia
Hepatite: “a melhor forma de prevenção é por meio da vacina”
Afirmação é subsecretário de Saúde da Serra, Aldo Lugão, que fala sobre as ações realizadas na cidade durante o mês de combate à doença

Julho é o mês de combate às hepatites virais. O médico e subsecretário de Saúde da Serra, Aldo Lugão, fala sobre os cuidados para evitar a doença e as ações realizadas na cidade. Foto: Fred Loureiro/PMS
Julho é o mês escolhido pelo Ministério da Saúde para o combate às hepatites virais. A doença é uma inflamação do fígado e pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos, o quadro evolui para cirroses, câncer hepático e até mesmo o óbito. Em entrevista à BandNews FM, o médico e subsecretário de Saúde da Serra, Aldo Lugão, fala sobre a transmissão da hepatite e também o que está sendo feito para combater a doença no município.
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O que são hepatites virais?
Genericamente falando, a hepatite é uma inflação do fígado. Ela pode ser causada pelo uso de drogas, álcool, que não deixa de ser uma droga, e também pelos vírus. Hoje, nossa prevenção é contra as hepatites virais. Isso em função de uma campanha nacional em que o Ministério da Saúde escolheu este mês para alertar sobre a doença, conhecido como Julho Amarelo. E no dia 28, é comemorado o Dia Mundial da Luta Contra as Hepatites Virais. Afinal, a hepatite é uma doença grave. Para a OMS (Organização Mundial de Saúde), as hepatites virais são um dos maiores problemas de saúde e matam duas vezes mais do que a Aids.
Quantos tipos da doença existem?
Existem as hepatites A, B, C, D e E. Porém, no Brasil, as principais incidências são dos tipos B e C. Temos casos registrados também do tipo A, mas em menor quantidade.
E qual a situação da Serra?
Temos hoje cerca de 143 casos de hepatite viral. Desses, 11 são do tipo B, 19 do tipo C e apenas um do tipo A.
E existe forma de se prevenir a hepatite?
Existem as vacinas para determinados tipos da doença. Para outras, no entanto, não. A hepatite C, por exemplo, não possui vacinas. Daí a importância de se prevenir.
Como se dá a transmissão das hepatites virais? É possível se prevenir?
A melhor forma de prevenção é por meio da vacinação. Porém, como o tipo C da doença não possui vacina, temos que evitar a transmissão que se dá por meio de relações sexuais sem proteção, contato com sangue (transfusão de sangue; compartilhamento de – seringas, agulhas, cachimbos, entre outros) ou materiais contaminados (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam a pele).
Qual gravidade de cada uma das hepatites?
Tanto a hepatite B quanto a C são graves. A última, no entanto, é a mais agressiva. Seu tratamento é mais complexo e a eficácia do mesmo é menor se comparada a hepatite B. Ambas, no entanto, tendem a evoluir para um cirrose ou câncer hepático. E essa evolução pode levar a óbito ou necessidade de um transplante hepático.
O risco de contaminação é o mesmo para todas as pessoas ou a hepatite possui um público-alvo específico?
De forma geral, a hepatite é considerada uma doença grave. Não há faixa etária ou público específico. O que temos que nos atentar são aquelas pessoas que estão expostas à contaminação, como usuários de drogas que compartilham seringas e pessoas que praticam sexo sem proteção. Elas estão mais sucetíveis a se contaminarem.
Esta semana, a Serra realiza algumas ações de combate às hepatites virais. Como será o trabalho?
No dia 18 de julho, a equipe do Centro de Testagem e Aconselhamento vai estar no Pró-Cidadão atendendo a população, realizando testes rápidos da doença e tirando dúvidas. No dia 26 de julho, o trabalho será no Parque Residencial Laranjeiras, em uma base montada próxima a unidade de saúde do bairro. Em ambos os casos, as ações acontecem das 8h às 11h.
