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Governo do Estado vai estudar mudanças no Centro de Vitória

Segundo Lenise Loureiro, secretária de Gestão e Recursos Humanos, a ideia é promover a revitalização da área, entre outros objetivos

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Em cerca de quatro meses, as sedes de dois órgãos do governo do estado vão mudar para o Centro de Vitória. A medida faz parte de um projeto que prevê a realocação também de outras secretarias, órgãos e autarquias com o objetivo de promover economia no uso dos imóveis e contribuir para a revitalização do Centro, uma bandeira das gestões públicas nos últimos anos. A secretária de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Lenise Loureiro, fala sobre o trabalho de revitalização também em outras esferas, como a cultural e a habitacional. Confira.

Em que consiste esse trabalho de revitalização?

Este trabalho começou mais forte quando estive à frente da Sedec (Secretaria de Desenvolvimento da Cidade), na prefeitura de Vitória, e discutimos o PDU (Plano Diretor Urbano). Lá, flexibilizamos bastante a lei, oportunizando reformas muito mais simples para imóveis do Centro com o propósito de promover a revitalização da região. Agora, já no governo do estado, estou conduzindo a área de patrimônio imobiliário e concebemos um programa que tem o interesse de reduzir os custos dos aluguéis do governo, utilizando prédios que, inclusive, são do governo, mas que estão ociosos, aproximando a comunicação dos órgãos e deles com os cidadãos. Esses propósitos se encontram no objetivo que é a revitalização do Centro. O governador Renato Casagrande é um entusiasta da região histórica da Capital e comprou muito bem esse programa.

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Quais ações já estão em curso?

Temos obras em andamento e contratos assinados para trazer esses serviços públicos para o centro da capital. A obra que está em curso é a do edifício Trade Center, antiga loja C&A, que receberá o Idaf (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado) e a Agerh (Agência Estadual de Recursos Hídricos). Isso nos trará uma economia de R$ 857 mil por ano. O contrato foi assinado no final de dezembro. Agora, a obra está sendo feita pelo proprietário e estimamos que nos próximos quatro meses tenhamos as sedes já podendo ocupar essa área.

O que mais pode ser feito para ocupar o centro?

Há um movimento nesse sentido também por parte das secretarias de governo. E isso vai além dos espaços oficiais. A ocupação de moradias e de espaços de lazer e entretenimento também vêm ocorrendo. São políticas que se encontram. A prefeitura, por exemplo, está restaurando as escadarias históricas do Centro. Há servidores já buscando o aluguel na região para estar próximo do local de trabalho. A União trouxe a notícia da PRF (Polícia Rodoviária Federal) estar agora na avenida Governador José Sette, onde a gente quer formar um corredor istrativo. Tudo isso potencializar o comércio também. E temos ainda grandes obras de infraestrutura, como o Portal do Príncipe, que vai dinamizar o fluxo da região.

Há projetos para incentivar a moradia?

Sim, o plano diretor (PDU de Vitória) veio facilitar muito que o investidor privado ofereça mais moradia, fazendo a conversão do comercial para residencial, por exemplo, e não exigindo tanto a questão das vagas de garagem. E com essa política do governo de trazer as repartições públicas, isso tende a crescer ainda mais. Muitos empresários percebem essa onda e já têm feito contato conosco. Só no contrato para trazer o Idaf e a Agerh, são 257 servidores indo trabalhar no Centro. Então, prédios próximos começam a ser olhados pelos investidores.

Sobre os espaços culturais, o que está previsto? Quando o teatro Carlos Gomes deve reabrir, por exemplo?

Essa é uma ação já providenciada pela Secult (Secretaria de Estado da Cultura). Ali é necessária uma obra estrutural de grande porte e isso já está sendo providenciado. Nos próximos dias, teremos a reabertura do Maes (Museu de Artes do Espírito Santo). Temos também na região o teatro Carmélia, que é um espaço da União cedido ao município e que abriga a nossa TVE. Temos a intenção de conversar com o município para aperfeiçoar o uso que queremos para aquela área, para que ela esteja mais aberta à população.

A exemplo da rua Sete, há outros corredores culturais que podem estimular a vida noturna no Centro?

Toda a área que vai do clube Saldanha da Gama até o cais do Hidroavião, em Mário Cypreste, são indicadas para renovação e revitalização também nesse sentido. É importante falar sobre o Saldanha, especialmente, porque estamos hoje oferecendo um imóvel como permuta, e a ideia é abir o clube para visitação pública. Ele deverá ser revitalizados, abrigar a sede de uma fundação, mas também ter uma visitação pública e café.