fbpx

Dia a dia

ES terá 3 mil mortes por covid até final de junho, estima pesquisador da Ufes

Projeções feitas com base no segundo inquérito sorológico aponta que Espírito Santo terá 450 mil casos de covid até o dia 15 e 930 mil até o final de junho

Publicado

em

Até o fim do mês, o Espírito Santo deve registrar 3 mil mortes por covid-19 e 930 mil casos da doença. A estimativa foi feita por pesquisadores do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos, coordenado por pesquisadores da Ufes e do Instituto Jones dos Santos Neves com base no resultado da segunda etapa do inquérito sorológico, divulgado na segunda-feira (1º), que apontou que a covid-19 já infectou 206 mil pessoas no Espírito Santo.  Nesta quinta-feira (04), o estado bateu mais um recorde de mortes, com 39 novos óbitos pela doença e 737 casos a mais contabilizados.

O professor de Matemática da Ufes e pesquisador Fabiano Petronetto explicou que o aumento dos casos tem relação com a taxa de transmissão da doença, que em todo o estado está em 1,8. Ao não considerar os quatro maiores municípios da Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica) a taxa de prevalência dos casos sobe para 3,5, considerada muito alta. “A taxa muito alta no interior e isso é preocupante porque são cidades que têm sistema de saúde mais deficitário”, disse.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

A partir dos dados da segunda etapa do inquérito sorológico, os pesquisadores estimaram entre 340 mil a 570 mil casos reais de covid-19, com média de 450 mil, mantendo-se a taxa de transmissão em 1,8, o que representa mais que o dobro de casos em relação aos dados apresentados no dia 1º. Já no final de junho a estimativa é o Espírito Santo ter entre 620 mil a 1,2 milhão de casos, com 930 mil casos em média, também com a taxa de 1,8.

Em relação ao número de mortes, até a primeira quinzena de junho os números apontam para entre 1.150 e 1.520, com média de 1.330 mortes. Já até o final do mês o número de óbitos pode variar de 2.240 a 3.980, com média de 3 mil mortes.

“Precisamos alertar que a tendência é preocupante, porque aumentando o número de casos aumenta-se a procura pelo sistema de saúde. A partir do momento que os hospitais não tiverem mais condições de dar e com os leitos lotados não vai ter mais atendimento e a letalidade pode aumentar”, frisou o pesquisador.

Pico da curva>/h3>

Os dados apontam ainda que a curva da doença ainda está em forte aceleração. Com a manutenção da taxa de transmissão em 1,8, a perspectiva dos pesquisadores é que o pico da curva seja atingido somente no final de junho.