Dia a dia
ES tem menor taxa de analfabetismo em quase 10 anos
No entanto, a taxa de analfabetismo cresce principalmente entre as pessoas mais idosas

Os números sobre o analfabetismo no Espírito Santo foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira
A taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais no Espírito Santo foi estimada em 3,9% em 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é o menor da série histórica iniciada em 2016. No entanto, a taxa cresce com o avanço da idade, alcançando 13,3% entre os idosos com 60 anos ou mais. Na Grande Vitória, os percentuais foram menores: 2,6% no total e 9,4% entre os mais velhos.
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Ainda de acordo com o IBGE, a taxa de analfabetismo entre as mulheres capixabas de 15 anos ou mais foi de 4,1%, enquanto entre os homens foi de 3,7%. A desigualdade racial também persiste: a taxa entre pessoas pretas ou pardas chegou a 4,4%, frente a 2,9% entre os brancos.
O levantamento mostra que 55,9% das pessoas com 25 anos ou mais no Espírito Santo concluíram, ao menos, a educação básica obrigatória – ou seja, o ensino médio completo. Já o percentual de capixabas com ensino superior completo aumentou de 19,9% em 2023 para 20,4% em 2024.
O número médio de anos de estudo entre pessoas de 25 anos ou mais no Estado foi de 10,2 anos em 2024. Na Grande Vitória, a média sobe para 11,1 anos, e em Vitória, capital do Estado, chega a 12,8 anos.
Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a taxa de escolarização foi de 89,5% no Espírito Santo. A taxa de frequência escolar líquida – que considera a matrícula na série esperada para a idade – ficou em 70,4%. Entre jovens de 18 a 24 anos, esses índices caíram para 31,5% e 27,4%, respectivamente.
A maior parte dos estudantes capixabas ainda está na rede pública: 72,2% dos que frequentavam escola ou creche em 2024 estavam em instituições públicas; os demais 27,8% estavam na rede privada.
A pesquisa também analisou a situação dos jovens de 15 a 29 anos. No Espírito Santo, 16,9% deles não estavam ocupados nem estudando; 17,1% conciliavam trabalho e estudo; 22,4% não trabalhavam, mas estudavam; e 43,6% estavam ocupados, mas fora da escola.
Os dados integram o módulo de Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta semana pelo IBGE, com base em informações coletadas ao longo de 2024.
