Dia a dia
ES já registrou 21 acionamentos do esquadrão antibombas em 2021

Bomba. Foto: FreePik
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Na tarde da última segunda-feira (18), o Esquadrão Antibombas do Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar foi acionado para detonar uma granada apreendida no bairro Ilha das Flores, em Vila Velha. O artefato foi encontrado durante uma patrulha da Guarda Municipal. A bomba caseira estava na parte debaixo de uma casa. Para que ele fosse desarmado sem que ninguém ficasse ferido, os militares usaram uma técnica de submersão em água.
Essa não é a primeira ocorrência dessa natureza atendida pelo Esquadrão Antibombas no Espírito Santo. De janeiro a setembro deste ano, 21 ocorrências já foram registradas. No ano ado, o número total de acionamentos foi 39. A Polícia Militar comenta ainda que criminosos costumam fazer esse tipo de granada caseira para atacar os grupos rivais na briga pelo tráfico de drogas. Em caso de explosão, esse artefato pode arrancar um braço ou uma perna. O risco maior é porque bandidos costumam colocar prego e parafuso dentro, aí quando explode, esse material se torna um projétil e pode atingir pessoas de maneira aleatória.
A Polícia Militar ressalta que quando há encontro apenas do artefato explosivo durante uma ocorrência, devido ao risco do manuseio, o material é detonado no local. No entanto, quando há outros objetos apreendidos ou há detidos na mesma ocorrência, o objeto é detonado e, junto aos demais materiais, os fragmentos são recolhidos e entregues à Polícia Civil, a quem compete investigação dos fatos.
Questionada, a Polícia Civil respondeu, por meio de nota, que a atribuição para investigar este tipo de crime é da Delegacia Especializada de Armas de Munições (Desarme). As ocorrências recentes não indicam um padrão na fabricação dos artefatos explosivos, o que afasta, neste momento, a possibilidade de um grupo criminoso especializado na fabricação deste tipo de armamento. Fabricar, produzir, possuir ou empregar artefato explosivo são crimes previstos no artigo 16 da lei 10.826, com pena prevista de 3 a seis anos de prisão.
Em caso de suspeita de um artefato explosivo, a pessoa pode entrar em contato com o Ciodes no 190 e uma guarnição da Polícia Militar pode ser acionada para verificação.
Outros casos
Uma bomba foi encontrada encontrada na rua Neves Armond, na Praia do Suá, em Vitória, no último sábado (16). Após o local ficar isolado por cerca de quatro horas, o esquadrão antibombas detonou o artefato explosivo. Outro caso aconteceu em setembro, uma bomba de fabricação caseira foi detonada em Nova Palestina, também em Vitória, após uma troca de tiros entre criminosos. No mesmo mês, outro explosivo foi encontrado no bairro Andorinhas.
