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Entidades médicas do ES são a favor de novo protocolo para cloroquina

CRM-ES diz que norma estabelecida há mais de um mês no estado autoriza médicos a usar nos primeiros sintomas da covid-19, avaliando quadro do paciente

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Entidades médicas do Espírito Santo concordam com o uso da cloroquina no início dos sintomas da covid-19, desde que paciente tenha sido avaliado por um médico, conforme foi estabelecido em novo protocolo para o uso do medicamento, anunciado na manhã desta quarta-feira (20) pelo Ministério da Saúde.

Celso Murad é presidente do CRM-ES. Foto: Ales

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Segundo o presidente do CRM-ES (Conselho Regional de Medicina do Espírito), Celso Murad,  há um mês a entidade baixou uma norma autorizando o médico a prescrever a cloroquina caso achasse que fosse melhor para o quadro do paciente mesmo na fase inicial da covid-19, obedecendo critérios conhecidos. O médico justificou a autorização por não haver nenhum outro protocolo definido e por terem aparecido indícios de que a cloroquina usada juntamente com zinco e azitromicina dão bons resultados na evolução do paciente.

“Por que fomos liberais assim? Porque esse remédios já são utilizados nas outras doenças há mais de 40 anos. Já se sabe dos efeitos colaterais, seu grau ofensivo é baixo e, como não existe nenhum remédio de eficiência totalmente confirmada, vamos tentar o que está dando indício de melhora”, justificou.

Mas o presidente do CRM-ES reforçou que o uso deve ser recomendado por um médico, por isso, agora é necessário receita médica para a compra do medicamento. Além disso, ele destacou que é um tratamento barato. “O tratamento com cloroquina e azitromicina não sai nem a R$ 10 para o poder público. O custo é baixo. Ninguém está dizendo que vai curar todo mundo e o tratamento não vai permitir que as pessoas possam ir para a rua e relaxar no isolamento. Mas precisamos desafogar os leitos de UTI“, ressaltou.

Já o presidente da Ames (Associação Médica do Espírito Santo), Leonardo Lessa, explicou que muitos serviços particulares já vinham usando a hidroxicloroquina nos sintomas iniciais de covid-19 dos pacientes, ressaltando a que principal mudança é alterar o protocolo para possibilitar o o do remédio a usuários do SUS.

“Mas não é uma obrigação de prescrição e de uso. O que vale é a escolha feita pelo médico em acordo com o paciente, sendo ele informado de todos os riscos do medicamento e seus possíveis benefícios”, explicou Lessa.

O médico também lembrou que ainda não existem estudos de boa qualidade apontando se droga tem ou não a sua eficácia comprovada.