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Dia a dia

Empresário de Vila Velha é acusado de vender vacinas falsas contra a covid

PF investiga um grupo suspeito de oferecer 200 milhões de doses de vacina da covid-19 em nome do laboratório Astrazenaca

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Material apreendido em Vila Velha pela Polícia Federal. Foto: PF

Um empresário de Vila Velha foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (25) que investiga um grupo suspeito de oferecer 200 milhões de doses de vacina da covid-19 em nome do laboratório Astrazenaca. Dos sete mandados de busca e apreensão, cinco foram cumpridos em Vila Velha.

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Segundo a Polícia Federal, foram apreendidos computadores, celulares e documentos. O material será analisado juntamente com outros dados da investigação que, até o momento, aponta uma tentativa de golpe, sem qualquer perspectiva quanto à efetiva existência e entrega de vacinas.

A empresa investigada em Vila Velha na Operação Taipan é a Biomedic Distribuidora de Produtos Hospitalares, com sede em Vila Velha e tem como sócio Christian Pinto Faria, principal investigado, segundo reportagem da Veja e do Valor Econômico. O empresário foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou a respeito da operação da PF. Além da empresa de distribuição de produtos hospitalares, Faria também tem um empresa de eventos e de montagem de palco de shows.

As investigações, de acordo com a PF, foram iniciadas a partir de notícia encaminhada à PF pelo próprio Ministério da Saúde, que aponta que ao menos dois indivíduos, por meio de duas empresas, apresentaram credenciais falsas afirmando terem exclusividade para a comercialização do lote de vacinas.  Além do Ministério da Saúde, a PF identificou que a oferta fraudulenta também era feita a outros gestores públicos.

Os fatos apurados amoldam-se aos crimes de associação criminosa (art. 288, B), estelionato em face de entidade pública (art. 171, §3º, B), falsificação de documento particular (art. 298, B) e falsificação de produto destinado a fins medicinais (art. 273, B).

Negociação com prefeituras e governo

Em coletivas de imprensa nas últimas semanas, o secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, chegou a fazer um alerta para prefeitos e demais gestores que fazem contato com potenciais fornecedores de vacina contra a covid. “Nosso alerta é estabelecer a devida checagem dos intermediários e fornecedores dos laboratórios, pois já identificamos situações de alto risco na negociação”, afirmou há duas semanas.

A Prefeitura de Vila Velha, que anunciou recentemente que negocia a compra de 100 milhões de doses da vacina com um laboratório internacional, foi questionada se já manteve conversas com a empresa investigada, mas negou. “As negociações são com outra instituição. Por conta de cláusulas contratuais não podemos informar”, afirmou a istração municipal.