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Élcio de Queiroz é transferido de presídio federal em Brasília

O ex-policial militar Élcio Queiroz confessou, em delação premiada, seu envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco

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O ex-policial militar Élcio Queiroz. Foto: Tribunal de Justiça

O ex-policial militar Élcio Queiroz. Foto: Tribunal de Justiça

Na noite desta terça-feira (25), o ex-policial militar Élcio de Queiroz, envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi transferido da Penitenciária Federal de Brasília para uma unidade de segurança máxima no Complexo Penitenciário da Papuda. A mudança ocorre após Queiroz firmar uma delação premiada com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para colaborar nas investigações do crime.

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Élcio de Queiroz, que já era réu no caso antes de aceitar a delação, itiu em seu depoimento dirigir o veículo utilizado no atentado e atribuiu a autoria dos disparos ao amigo e ex-policial militar Ronnie Lessa.

A transferência de Queiroz de Porto Velho, em Rondônia, para Brasília ocorreu em junho deste ano, em preparação para a colaboração com as autoridades. A Secretaria de istração Penitenciária (Seape) confirmou a mudança, mas não pôde fornecer mais detalhes por questões de segurança.

Além de Élcio de Queiroz, o ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, também foi transferido para a Papuda no mesmo dia. Suel foi apontado na delação premiada de Queiroz como o responsável por vigiar a vereadora Marielle meses antes do atentado. O delator afirmou que Suel também estaria envolvido na emboscada, mas acabou sendo substituído por Élcio na ação criminosa.

As transferências para a unidade de segurança máxima representam um novo capítulo na investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, e as informações obtidas por meio da delação premiada de Élcio de Queiroz podem ser cruciais para avançar nas apurações e esclarecer os detalhes do crime que chocou o país em 2018. As autoridades seguem trabalhando incansavelmente para trazer justiça aos envolvidos e aos familiares das vítimas.

A delação

O ex-policial militar Élcio de Queiroz fez importantes revelações em sua colaboração premiada com as autoridades. De acordo com informações obtidas, Queiroz itiu ter dirigido o veículo Cobalt prata utilizado no crime, mas atribuiu a autoria dos disparos a Ronnie Lessa, também réu pelas execuções.

Na delação, Élcio Queiroz forneceu detalhes cruciais sobre o atentado, contribuindo significativamente para o avanço das investigações. Segundo informações da Polícia Federal, Queiroz decidiu colaborar após perder a confiança em seu comparsa, Ronnie Lessa. Lessa teria alegado que não realizou pesquisas sobre a vereadora Marielle, buscando evitar rastros para a investigação.

Entretanto, durante as apurações policiais, foram encontrados indícios de que Lessa havia mentido sobre o assunto. Essa quebra de confiança levou Élcio Queiroz a decidir falar à polícia, fornecendo informações valiosas que podem lançar luz sobre os detalhes até então desconhecidos do crime.

Atentado contra Marielle Franco completa 5 anos

Em 2023, o atentado completa o marco de 5 anos. Desde fevereiro deste ano, a Polícia Federal (PF) assumiu a investigação do caso, buscando finalmente esclarecer quem foram os mandantes do crime e qual a motivação por trás da execução.

Até o momento, os resultados das investigações têm sido parciais, pois somente a primeira fase do inquérito foi concluída pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. Nesta etapa, foram presos e levados ao banco dos réus o policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos, e o ex-PM Élcio de Queiroz, apontado como o motorista do veículo Cobalt prata utilizado para perseguir as vítimas. Ambos negam qualquer envolvimento no crime.

Os dois réus encontram-se detidos em penitenciárias federais de segurança máxima, aguardando o julgamento pelo Tribunal do Júri. Até o momento, não há uma data marcada para o julgamento, e as autoridades continuam reunindo provas e depoimentos para esclarecer todos os aspectos desse ato violento que comoveu o país.

Ronnie Lessa já possui condenações por outros crimes, incluindo comércio e tráfico internacional de armas, além de obstrução das investigações e destruição de provas.