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Dia a dia

Diplomata que matou esposa é condenado a 9 anos de prisão

O crime aconteceu no apartamento do casal em Jardim Camburi

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O julgamento do diplomata aconteceu no Fórum Criminal de Vitória, no centro. Foto: TJES

Em um julgamento que durou mais de 30 horas horas, o diplomata espanhol Jesús Figon foi condenado a 9 anos, quatro meses e 15 dias de prisão por ter matado a esposa Rosemary Justilo Lopes em 2015.

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O crime aconteceu no apartamento do casal, em Jardim Camburi, em Vitória. O julgamento terminou na tarde desta quinta-feira (9).

Embora tenha sido condenado, Jesús Figon pode continuar livre na Espanha devido a uma divergência entre a legislação brasileira e o país europeu.

É que, de acordo com o Ministério Público Estadual, para o julgamento ser reconhecido, seria necessário que Jesús Figon estivesse presencialmente no julgamento, o que não aconteceu.

O réu prestou depoimento de forma virtual por meio de videoconferência.

Para que o diplomata cumprisse a pena na Espanha seria preciso que houvesse um espelhamento das legislações entre os dois países, inclusive com os mesmos trâmites processuais para julgar o crime cometido pelo réu.

O promotor de Justiça do Júri de Vitória Leonardo Augusto Cezar está otimista de que ele ficará preso, já que essa legislação foi feita em um período em que não existia o uso da tecnologia.

Segundo ele, como o réu está morando na Espanha, todo o contado dele com os advogados e as partes envolvidas no processo foram feitas de forma virtual.

“A gente acredita que a Justiça espanhola vai se sensibilizar para que ela possa ajudar o Estado brasileiro a fazer Justiça”.

Segundo o promotor, foram três versões para o caso. Uma de suicídio, outra de legítima defesa e a última apresentada na noite de quarta-feira de que teria sido um acidente.

“Ele disse que se fosse ele que tivesse investigando aquilo [o crime] ia ser considerado uma morte acidental. Foi um crescente de mentiras que não tinham nenhum tipo de prova no processo”.

Após a decisão, a Interpol será comunicada da decisão e também as autoridades espanholas, que vão analisar se acatam ou não a decisão da justiça brasileira.

Foram ouvidas três testemunhas. Entre elas, uma vizinha e a filha do réu. O depoimento de Jesús começou na manhã de quarta-feira.

O crime

Em maio de 2015, o diplomata Jesús Figon foi preso após ass a cabeleireira Rosemary Justilo com cinco facadas. O crime aconteceu no apartamento do casal, em Jardim Camburi. Ele se apresentou à polícia logo após cometer o assassinato.