Dia a dia
Diplomata pode ficar livre mesmo se condenado por morte da esposa
O crime aconteceu em 2015 no apartamento do casal em Jardim Camburi

O julgamento do diplomata acontece no Fórum Criminal de Vitória. Foto: Reprodução
Mesmo tendo confessado a morte da esposa Rosemary Justilo Lopes em 2015, o diplomata espanhol Jesús Figon pode continuar livre na Espanha ainda que seja condenado no julgamento que acontece nesta quarta-feira (8), em Vitória.
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A audiência começou pela manhã no Fórum Criminal de Vitória, mas o depoimento do réu só aconteceu durante à tarde, por meio de videoconferência. Por conta disso, o julgamento pode ficar sem validade no país europeu, onde atualmente o acusado reside.
É que, de acordo com o Ministério Público Estadual, existe uma legislação na Espanha que diverge da brasileira e, para o julgamento ser reconhecido, seria necessário que Jesús Figon estivesse presencialmente no julgamento.
Para que o diplomata cumprisse a pena na Espanha seria preciso que houvesse um espelhamento das legislações entre os dois países, inclusive com os mesmos trâmites processuais para julgar o crime cometido pelo réu.
Caso seja condenado, a Interpol é comunicada da decisão e também as autoridades espanholas, que vão analisar se acatam ou não a decisão da justiça brasileira.
Durante o julgamento, foram ouvidas três testemunhas. Entre elas, uma vizinha e a filha do réu. O depoimento de Jesús começou por volta das 16 horas. Houve uma pausa e foi retomado após às 17 horas.
O crime
Em maio de 2015, o diplomata Jesús Figon foi preso após ass a cabeleireira Rosemary Justilo com cinco facadas. O crime aconteceu no apartamento do casal, em Jardim Camburi. Ele se apresentou à polícia logo após cometer o assassinato.
