Dia a dia
Curso de uma semana na Serra garante salário de R$ 4 mil
Nove alunos de um curso de formação saíram com emprego garantido em propriedades rurais na Serra; saiba qual é

Seringal. Foto: Embrapa
Imagine fazer um curso de formação profissional durante uma semana e já sair com emprego e salário garantido de R$ 4 mil. Foi o que aconteceu com nove alunos de um curso de sangrador de seringueira promovido pela prefeitura da Serra na semana ada.
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Promovido pela Secretaria Especial de Agricultura e Pesca (Seap), em parceria com o Incaper e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), o curso de sangrador de seringueira foi ministrado dos dias 23 a 27 de maio, com conteúdo teórico e prático e duração de cerca de 8 horas por dia. Após a conclusão do curso, nove alunos conseguiram empregos em propriedades na Serra que cultivam seringueiras – árvores que produzem o látex, matéria-prima da borracha. Os salários giram em torno dos R$ 4 mil, incluindo moradia na propriedade rural, com gastos com luz e água inclusos.
O diretor da Seap, David Cruz, falou da importância de promover cursos para garantir a mão de obra para o trabalho no campo, área que representa uma receita bruta anual de R$ 50 milhões para o município. “No caso da mão de obra do seringueiro, é preciso saber vários detalhes. Se a pessoa sangrar uma árvore de forma errada, ela fica pelo menos dois anos sem produzir o látex, e não pode ser sangrada. Às vezes, isso pode ser definitivo”, explica.
Na Serra, a heveicultura, como é chamado o cultivo da árvore para extração do látex, conta com cerca de 800 hectares de seringueiras, distribuídas em 14 propriedades que produzem quase 1.300 toneladas ao ano. O preço médio do quilo é R$ 5,5 mil, o que resulta numa receita de R$ 7 milhões.
“Até o final do ano vamos oferecer mais cursos ligados ao meio rural, capacitando mão de obra e gerando oportunidades de emprego no município. Um deles será de tratorista, em julho, e no segundo semestre devemos ter outro de sangrador de seringueira”, explica David Cruz.
