Dia a dia
Covid: governo sugere a planos de saúde a compra de leitos particulares
O secretário informou não é possível fazer o cálculo da ocupação em hospitais particulares porque os leitos são para diversos perfis
Nas últimas semanas, os relatos de quem busca atendimento em hospitais da rede pública com sintomas respiratórios é de lotação e falta de vagas. Embora afirme que não há colapso da rede hospitalar, o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, afirma que em alguns planos de saúde está ocorrendo o “esgotamento de atendimento para sua clientela”.
“A retomada de atividade de atendimento de pessoas com outras condições de saúde e as oscilações de aumentos de casos de covid-19 em enfermaria e UTI pressiona o sistema de saúde público e privado. De abril a julho houve grande redução de acidentes de trânsito, infarto e outras doenças. Os hospitais pediátricos ficavam com 25% a 40% de ocupação”, disse o secretário.
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O secretário informou que acompanha a totalidade de pacientes internados nos hospitais particulares, mas disse que não é possível fazer o cálculo da ocupação porque os leitos são para diversos perfis. “Não é possível ter o mesmo tipo de divulgação de dados como fazemos diariamente com os leitos públicos”, afirma.
Para Nésio Fernandes, os planos que estão com pressão no atendimento têm a possibilidade de compra de leitos da rede privada conveniada, o que foi feito pelo governo no auge da pandemia – o Estado chegou a ter 16% do total de leitos de UTI da rede privada. “Não iremos recomendar que os planos de saúde construam hospitais de campanha. Na medida que haja pressão dos hospitais próprios, esses planos podem ar a adotar a estratégia do governo, de compra em hospitais particulares”, afirmou.
Segunda onda
Sobre uma possível segunda onda da doença, como se tem observado na Europa, o secretário disse que o governo se prepara para todos os cenários. “Caso ocorra uma segunda onda, vamos requalificar e voltar a tomar medidas de restrição social. Se houver aumento de casos e óbitos e isso demandar mais leitos, vamos ter de adotar novas medidas de isolamento e retomar estratégias de restrições econômicas”, disse.
O governo diz se preparar ainda para reverter os leitos que atenderam covid no auge da pandemia, em caso de segunda onda.
