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Covid-19: taxa de mortalidade entre pacientes de UTI no ES é a menor do país

Empresa especializada em monitoramento de hospitais avaliou mais de mil pacientes internados no Estado entre 1º de julho e 20 de agosto

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Da esquerda para a direita, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin; o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes; e o presidente da EPIMED Soluções, Carlos Eduardo Reis. Foto: Divulgação/Sesa

Da esquerda para a direita, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin; o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes; e o presidente da EPIMED Soluções, Carlos Eduardo Reis. Foto: Divulgação/Sesa

“Mais pacientes saíram com vida nos últimos 50 dias no Espírito Santo se comparado com toda a rede hospitalar brasileira que monitoramos”. A afirmação foi feita pelo médico intensivista, presidente da EPIMED Soluções, Carlos Eduardo Reis durante a apresentação do desempenho da rede assistencial capixaba no enfrentamento à pandemia. O ato foi transmitido online pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) na manhã desta terça-feira (1º) pelo chefe da pasta, Nésio Fernandes; e o subsecretário Luiz Carlos Reblin.

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Contratada pelo governo estadual desde o início da gestão do governador Renato Casagrande, a empresa avalia a qualidade e eficiência da assistência hospitalar das 13 unidades istradas pela Sesa. No Brasil, ela atua em mais de 550 hospitais, monitora mais de 1.400 leitos de UTIs e 3 milhões de pacientes.

Segundo Carlos Eduardo Reis, 1.034 pacientes internados em UTIs em decorrência do novo coronavírus foram monitorados no Espírito Santo entre os dias 1º de julho e 20 de agosto. A idade média do grupo foi de 63 anos e 45,5% deles dependeram de ventilação mecânica durante o tratamento.

“O número é grande. E na Sesa, em especifico, esse percentual foi maior que a média dos hospitais do Brasil (44,3%) e maior do que a média dos hospitais privados (35,6%)”, relatou o médico.

Ainda assim, a evolução dos casos se mostrou positiva. De acordo com Reis, o primeiro fator que pode ser analisado, baseado nos dados estatísticos, foi o tempo médio de duração que os pacientes dependeram dos equipamentos de respiração.

“O tempo foi de 7,7 dias, muito inferior que no resto do país. Nos demais hospitais públicos do Brasil, a média chega a 9,3 dias. E nos hospitais privados, 10,7 dias. Além disso, os pacientes no Espírito Santo também aram tempo internados, cerca de 9,5 dias, contra 11,8 nos hospitais públicos e 11,4 nas instituições privadas”, destacou o presidente da EPIMED Soluções.

Os números no Estado também apresentam menor taxa de mortalidade. Entre aqueles que não dependeram de ventilação mecânica, o índice foi de 5,9%. Nos hospitais públicos brasileiros, a taxa foi de 17,6%; e na rede privada, 7,5%.

“De forma geral, é possível dizer que o cidadão que buscou a rede publica de saúde no Espírito Santo teve melhor tratamento e sobreviveu mais”, concluiu Carlos Eduardo.

Apesar dos números positivos, o secretário Nésio Fernandes ressaltou a importância da população manter as recomendações dos órgão de Saúde no enfrentamento ao novo coronavírus como o uso de máscaras e o distanciamento social, e fez um apelo aos setores econômicos e religioso que, pouco a pouco, estão retomando suas atividades. “A Saúde Pública Brasileira está cumprindo a sua parte. Precisamos que a sociedade e os indivíduos colaborem com esses processos”.