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Dia a dia

Covid-19: peritos testam positivo e categoria denuncia falta de equipamentos

Atualmente, outros quatro peritos apresentaram sintomas da doença e aguardam resultado de exames já realizados

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Chefatura da Polícia Civil do Espírito Santo

Polícia Civil em Vitória. Foto: Divulgação/Polícia Civil

 

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Seis peritos criminais do Espírito Santo que atuam na Grande Vitória testaram positivo para covid-19, até esta terça-feira (5). Outros quatro profissionais apresentaram sintomas da doença e aguardam os resultados dos exames. As informações são do Sindicato de Peritos Criminais do Espírito Santo.

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No total, o estado conta com 210 peritos criminais atuantes. A categoria integra os grupos de profissionais essenciais durante a pandemia do novo coronavírus. Sem poder parar os serviços, os peritos denunciam a falta de equipamentos de proteção e até mesmo a falta de limpeza das viaturas.

“Pedimos a assepsia dos locais de trabalho e até mesmo das viaturas. Essa limpeza tem sido feita pelos peritos. Exigimos também que a reposição dos equipamentos de proteção individual seja eficiente. No interior do estado, já temos relatos de profissionais tendo que fazer a reutilização de máscaras não apropriadas devido a falta do material”, denunciou o diretor do Sindicato dos Peritos Criminais do Espírito Santo, Antônio Tadeu Nicoleti.

A demora na realização de testes para o novo coronavírus nos profissionais também é uma preocupação dos representantes da categoria. A entidade alega que já pediu a testagem dos parceiros dos servidores que testaram positivo para a covid-19, mas até o momento os exames não foram realizados. Foram colhidas apenas as apostas dos peritos que apresentaram sintomas, que, de acordo com o diretor do sindicato, continuam trabalhando enquanto aguardam os resultados.

Nota da Polícia Civil na íntegra

A Polícia Civil,  por meio da Superintendência de Polícia Técnico Científica (SPTC), sempre manteve um estoque de equipamentos de proteção individual (EPIs) dentro das necessidades, tanto para Peritos de locais de crime quanto para laboratórios, Departamento Médico Legal (DML) e Serviços Médicos Legais (SMLs). Com a pandemia do novo coronavírus, todos os Peritos receberam  reforços nos EPIs, com máscaras dos tipos cirúrgicas, N-95 e protetora de face, luvas, toucas, propés e macacões descartáveis. Mesmo com o aumento da demanda por equipamentos, nao há registro de falta de EPIs para os profissionais. Em relação a reutilização do material, todas as recomendações seguem a cartilha da Secretaria da Saúde.

Apesar da dificuldade da aquisição desses equipamentos, devido à grande procura, a Polícia Civil, de forma emergencial, está adquirindo maiores quantidades desses EPIs, e também trabalha com a possibilidade de receber um aporte de suprimentos da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).

Quanto às equipes plantonistas, de atendimento a locais de crime, a SPTC tomou medidas de separação dos distintos núcleos (morte violenta e patrimônio), evitando ao máximo a aglomeração de Peritos nos alojamentos, fixando as duplas, reduzindo o contato desnecessário entre um maior número de Peritos, além de orientar e exigir de todos os servidores o uso de máscaras, mesmo que caseira, em todos os ambientes da SPTC.

A Polícia Civil recebeu um lote de 240 kits para testagem dos servidores, e os testes estão sendo realizados em policiais – peritos ou de outras unidades- que apresentam sintomas há pelo menos oito dias, de forma a tornar mais eficiente a triagem. Conforme forem sendo disponibilizados mais testes, eles serão realizados nos demais integrantes da instituição.

A Polícia Civil informa que cinco profissionais da perícia técnico-científica tiveram diagnósticos positivos para Covid-19, e mais um aguarda o resultado. Os profissionais com testagem positiva foram imediatamente afastados de suas atividades e estão recebendo todo o e necessário da instituição.

A Polícia Civil, por meio da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), tem mantido um diálogo constante e diário com a categoria e possui bom relacionamento com os mesmos. Todos os pleitos são analisados e, até o momento, não há sinalização de qualquer tipo de paralisação de serviços.

“Precisamos de equipamento de proteção individual adequados. Recebemos alguns kit, mas não foram repostos. ”

Entendemos que tem que ter um tipo de máscara, a utiliza e já descarta – essa é função dela. Não tem para repor. Não pode ficar reutilizando – até mesmo os testes

“Quatro peritos realizaram os exames e agora aguardam os resultados. Eles apresentam sintomas e continuam trabalhando

Pedimos para testar os parceiros dos que testaram positivo e não foi feito. Pedimos assepsia das viaturas, mas também não tem sido feita. Alguns colegas fazem por conta própria a limpeza. A categoria tem reutilizado máscaras. Devido a falta de testes, pode ser que mais profissionais estejam contaminados.

No caso dos exames, já era pra estar testandos. Tem testes na perícia, mas eles estão esperando. Eles querem esperar oito dias após os sintomas para testar. Nesse meio tempo já pode contaminar os outros. Se não tomar atitude correta, acaba contaminando uma parcela significativa do plantão – comprometer a resolução dos crimes

Substituir pelos não=plantonis -ou seja joga outros colegas para a situação para a perícia inteira – eles não fornecem os materiais como devem e nem substituem como deveria

Achamos que é uma irresponsabilidade muito grande, submetendo a vida dos peritos ao descaso e também a vida dos familiares deles. Temos caso de um colega que ele é perito e a esposa é policial e ambos estão com a covid-19.