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Dia a dia

Cid teria tentado vender Rolex de R$ 290 mil recebido em viagem

O ex-ajudante de Bolsonaro Mauro Barbosa Cid tentou vender o relógio recebido em viagem oficial

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Mauro César Barbosa Cid teria tentado vender rolex recebido em viagem. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid, tentou vender um relógio da marca Rolex recebido em viagem oficial. A informação consta em documentos enviados à I dos Atos Golpistas no Congresso.

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Segundo reportagem publicada no jornal O Globo, em 11 de novembro de 2019, o relógio foi protocolado como “acervo privado” no Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do gabinete da Presidência da República.

O documento mostra ainda que houve uma liberação do relógio no dia 6 de junho de 2022.

“Essa é a mesma data em que, segundo integrantes da I dos Atos Golpistas, Mauro Barbosa Cid trocou e-mails em inglês para tratar de uma possível venda do relógio por US$ 60 mil (mais de R$ 291 mil)”, diz um trecho da reportagem publicada pelo portal G1.

Os emails, no entanto, não esclarecem quem de fato estaria negociando a compra do Rolex com Cid. No relatório consta que o ex-ajudante se correspondia com Maria Farani, ex-assessora do Gabinete Adjunto de Informações do gabinete pessoal de Bolsonaro.

A servidora foi desligada no início do ano. Em um dos e-mails obtidos pela I, enviado por Maria Farani, a mensagem diz, em inglês (a tradução foi feita pela reportagem do G1):

“Olá Mauro, obrigada pelo interesse em vender o seu Rolex. Tentei falar com você por telefone mas não consegui. Pode por favor me falar se você tem o certificado de garantia original do relógio?”

“Quanto você espera receber por essa peça? O mercado para Rolex usados está em baixa, especialmente para relógios cravejados de platina e diamante (já que o valor é tão alto). Só queria me certificar de que estamos na mesma linha antes de fazermos muita pesquisa. Espero ouvir notícias suas.”

“Olá …, Nós não temos o certificado do relógio, já que foi um presente recebido em viagem oficial de negócios. O que temos é o selo verde de certificado superlativo, que acompanha o relógio. Além disso, posso certificar que o relógio nunca foi usado. Pretendo receber por volta de $ 60.000 pela peça. Agradeço o retorno rápido. Mauro Cid.”

Em nota divulgada após o tema do relógio se tornar público, Farani disse que, a pedido de Cid, pesquisou na internet sobre possíveis compradores. E que, em seguida, apenas reenviou os e-mails para Cid com as respostas.

Veja a íntegra da nota:

Com relação às informações divulgadas na imprensa acerca do relógio Rolex que o ex-assessor Mauro Cid teria tentado vender, esclareço que:

1. Exercia a função de secretariado executivo no Gabinete Pessoal da Presidência da República.

2. A pedido de Mauro Cid, por falar inglês, realizei uma pesquisa na internet para identificar possíveis compradores de relógio.

3. Apenas enviei os e-mails e, ao receber respostas, retransmiti ao endereço eletrônico de Mauro Cid.