fbpx

Dia a dia

Casos de síndrome respiratória crescem 1.250% no Espírito Santo

Entre 16 de março e 10 de junho os registros de mortes por SRAG aram de 10 em 2019 para 135 em 2020. Médicos acreditam que casos foram provocados pela covid-19

Publicado

em

Os registros de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave  (SRAG ) cresceram 1.250% no Espírito Santo entre 2019 e 2020. Enquanto no ano ado, de 16 de março a 10 de junho foram registradas 10 mortes por SRAG, em 2020, no mesmo período, foram 135.

O mesmo ocorreu com os números registrados no Brasil: foram 382 casos em 2019 e 8.110 em 2020, tendo também a contagem usado como base o dia 16 de março, início do enfrentamento da pandemia da covid-19 no país. O crescimento dos casos no Brasil foi de 2.000%.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

No caso de outras doenças respiratórias, como pneumonia e insuficiência respiratória, a diferença não é tão acentuada. no caso da pneumonia houve decréscimo: foram 1.243 mortes em 2019 e 943 em 2020. E 320 de insuficiência respiratória no ano ado e 317 neste ano.

O número de óbitos provocados pela covid-19 soma 868 no Espírito Santo. Todos os dados são do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil. Os dados não acompanham os registros da secretaria de Saúde, que na quarta-feira (10) tinha contabilizado 937 mortes porque os cartórios têm até oito dias para enviar os números para a plataforma.

A Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz) tem alertado para o aumento no número de casos notificados de SRAG em todo o país, ressaltando que a maioria deles, 93%, tem sido provocada pela covid-19. Outros provocadores desse mesmo  quadro de saúde são o influenza A, influenza B e vírus sincicial respiratório.

A pneumologista Jéssica Polese também avalia que o crescimento acentuado no número de óbitos por SRAG tem relação direta com a covid-19. “Quando vemos esses números avaliamos que boa parte seja de covid-19 porque muitas pessoas podem ter morrido no interior ou em outros lugares onde não havia teste para coronavírus. Pode ocorrer também de o paciente nem chegar a ser testado, mas teve covid”, ressaltou a médica.

A pneumologista ressalta ainda a preocupação com o número alto de casos principalmente porque agora, em junho, com o início do inverno. “Os quadros respiratórios pioram muito nessa época. Quem tem asma, alergia, tende a ter crise nesses meses mais frios. Agora, com a covid, as chances das coisas piorarem e ficarem mais graves é maior, por isso é importante o isolamento”, frisou a médica.