Buaiz Alimentos e Afecc realizam curso para pacientes oncológicos

Mulheres no curso de culinária. Foto: Divulgação

Pacientes do SUS em tratamento contra o câncer no Hospital Santa Rita terão a oportunidade de participar de um curso gratuito de culinária, promovido pela Buaiz Alimentos em parceria com a Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc). As inscrições estão abertas até o da 10 de abril e devem ser realizadas, presencialmente, no Centro de Vivências Casa Rosa, onde também acontecerão as oficinas.

Pela parceria, pacientes que não estão mais internadas, mas permanecem em acompanhamento médico, poderão aprender a fazer biscoitos, bolos, sonho, dunuts e pães caseiros. As aulas, divididas em três módulos, serão ministradas pelo chef e consultor técnico em panificação da Buaiz Alimentos, Genilson Pereira. A primeira delas acontece no dia 19 de abril e o chef vai ensinar o preparo de diversos tipos de biscoitos caseiros.

Serão duas turmas, uma das 8h às 12h e outra das 13h às 17h. O curso terá mais dois dias de oficinas, nos dias 18 de maio e 22 de junho, onde as participantes aprenderão a fazer bolos e pães caseiros, respectivamente. Esta é a segunda vez que a Affec oferece o curso de culinária em parceria com a Buaiz Alimentos.

“A iniciativa foi um sucesso no ano ado, com relatos emocionantes de pacientes. Por isso, decidimos dar continuidade à parceria e ampliar o o”, afirma a supervisora da Affec, Debora Pesca Nilo.

Segundo ela, o objetivo é unir vivência terapêutica, diversão e qualificação profissional, contribuindo para interação social e o bem-estar dos pacientes em tratamento contra o câncer, além de possibilitar a reinserção no mercado de trabalho.

“A atividade está inserida em um dos nossos programas sociais que busca promover, além de bem-estar, a inclusão produtiva, viabilizando oportunidades para os pacientes que desejam voltar ao mercado de trabalho, seja por meio de emprego formal ou empreendedorismo”, diz.

A aposentada Darilha Zaneboni Dallorto, conhecida como dona Dadá, é um exemplo de quem aproveitou a oportunidade para conseguir uma renda extra. “Participei de todos os módulos do curso, no ano ado, e, além de aprender a fazer algumas receitas para a minha família, também comecei a vender bolos e biscoitos”, afirma.

A supervisora da Affec afirma que sair do ambiente hospitalar e interagir com outras pessoas em momentos de diversão e descontração, como acontece nas oficinas terapêuticas, traz benefícios para o paciente e reflete no sucesso do tratamento. É o que aconteceu com a médica veterinária Ana Flávia Marques, de 32 anos, hoje curada de um câncer de mama.

“Não é terapia, mas é terapêutico. Sempre gostei de cozinhar e o curso me permitiu aperfeiçoar o que eu já sabia e aprender coisas que eu nunca tinha feito. Esta é uma iniciativa importante para o paciente ter um outro foco e não pensar apenas na doença ou no tratamento. Uma oportunidade também de dar e receber afeto, através da culinária”, garante.

Para a vice-presidente da Buaiz Alimentos, Eduarda Buaiz, a parceria com a Afecc reforça o compromisso da empresa em compartilhar conhecimento e contribuir com projetos sociais que geram resultados na vida das pessoas. “Nossa equipe tem o propósito de colocar o nosso conhecimento em prol de um trabalho que impacta positivamente a vida de tantas pessoas em tratamento contra o câncer”, afirma.

A técnica de enfermagem Marilene Machado, de 57 anos, aluna da última edição do curso de culinária, classifica a iniciativa como uma experiência necessária e enriquecedora para quem está em tratamento contra o câncer.

“Atividades como essa fazem a diferença na vida e na evolução do nosso tratamento. Espero que continuem ampliando essa oportunidade para outras pessoas”, conta ela que esteve em tratamento contra um câncer de mama durante seis anos e hoje está curada.

Segundo a presidente da Affec, Marilucia Dalla, o Centro de Vivência Casa Rosa busca oferecer oficinas terapêuticas de diversos tipos, como atividades artesanais, de culinária, de corte e costura, de bordados, entre outras que possam, além de possibilitar uma renda extra, trazer benefícios para o dia a dia do paciente.

“Essas ações, que também ocupam de forma prazerosa o tempo do paciente, fazem o papel de inclusão produtiva, resgatam a autoestima e o bem-estar, dando um outro sentido à vida deles”, pontua.