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Aumentam casos de violência contra idosos na GV: saiba como denunciar

A Grande Vitória registrou um aumento de 115 ocorrências, em comparação com o mesmo período do ano ado

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Lar dos velhinhos - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Foto Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Lar dos velhinhos – Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Foto Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Histórias de abandono e negligência fazem parte do caminho de violência a que estão submetidos os idosos. Segundo dados coletados pela Ouvidoria do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, nos primeiros cinco meses de 2023, pelo canal de denúncias do Disque 100 (incluindo telefone, e-mail e redes sociais), o Brasil contabilizou 37.441 casos de negligência, 19.987 de abandono, 129.501 de violência física, 120.351 de violência psicológica e 15.211 de violência financeira. A Grande Vitória registrou um aumento de 115 ocorrências, em comparação com o mesmo período do ano ado.

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A titular da Delegacia Especializada de Proteção à Pessoa Idosa , delegada Milena Gireli, os tipos de violência mais praticados contra idosos são ausência de amparo ou assistência pelo responsável em cumprir o dever de cuidado para com a pessoa idosa; e negligência, violência psicológica corresponde à agressões verbais ou gestuais, com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar a pessoa idosa do convívio social. A violência física contra idosos está em quinta posição nos inquéritos da Grande Vitória.

Essa lista, complementou a delegada, inclui violência financeira ou econômica, que consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos. Muitos fazem uso do cartão benefício e deixam o idoso ando dificuldade financeira. Incluindo ainda casos em que são realizados empréstimos em seus nomes sem o seu consentimento ou conhecimento.

“Seja qual for o tipo de violência, o fato é que essa prática pode e deve ser denunciada para que os nossos idosos, além de respeitados, não corram risco, inclusive, de morte”, disse Milena Gireli. “A Lei Federal nº 10.741/2003, que se destina a regular direitos e garantias assegurados às pessoas idosas, como a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”, ressaltou.

Ainda de acordo com a delegada, o período da pandemia do coronavírus expôs dificuldades extremas para os idosos. Infelizmente, a constatação é de que boa parte dessa violência ocorre dentro de casa. E, em muitos casos, os idosos não conseguem denunciar um familiar.

COMO DENUNCIAR?

Caso você identifique um idoso que esteja sofrendo violência, seja ela financeira, física ou de abandono, e sinta receio de denunciar diretamente em uma delegacia, existem outras opções disponíveis para fazer a denúncia de forma anônima. É possível reportar o caso ao Ministério Público, ao Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) ou a hospitais e unidades de saúde que ofereçam serviços de assistência social. Essas instituições estão preparadas para receber denúncias e oferecer apoio necessário ao idoso em situação de vulnerabilidade.

A delegada Milena Gireli ressaltou que o boletim de ocorrência policial pode ser registrado não só na Delegacia Especializada de Proteção à Pessoa Idosa, mas em qualquer Delegacia da Polícia Civil mais próxima ou no endereço eletrônico: delegaciaonline.sesp.es.gov.br.

A titular da Deppi informou que, para registrar o boletim de ocorrência policial, são necessários documentos pessoais (RG, F); nome do suspeito e/ou qualquer outra informação que ajude na identificação (endereço/telefone); contato de testemunhas que tenham visto a violência/ameaça; laudos ou atestados médicos ou hospitalares onde o idoso tenha ido em busca de socorro, após a agressão; além de outras provas que a pessoa tiver.

Também é possível fazer a sua denúncia por meio do Disque 100, um serviço disseminação de informações sobre direitos de grupos vulneráveis e de denúncias de violações de direitos humanos.

ASSISTA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA