Dia a dia
Amigos e familiares de ciclista morta fazem protesto nesta terça
Luisa Lopes morreu aos 24 anos após ser atropelada quando andava de bicicleta em Camburi na noite de sexta-feira. Motorista acusada de atropelamento se recusou a fazer o teste do bafômetro

Luisa Lopes era estudante de Oceanografia da Ufes. Foto: Instagram
Amigos e familiares da estudante da Ufes e modelo Luisa Lopes, que morreu aos 24 anos após ser atropelada quando andava de bicicleta em Camburi, prometem fazer uma manifestação pedindo Justiça nesta terça-feira (19), às 18h, em frente ao local do acidente, próximo ao Clube dos Oficiais, em Jardim da Penha. Luisa foi atropelada quando ava pela faixa de pedestres na noite de sexta-feira (15), por volta das 20h30.
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A corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos, foi apontada como a motorista que atropelou a estudante, quando seguia no sentido Praia do Canto-Jardim Camburi. Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas como os policiais notaram que a mulher apresentava sinais de embriaguez, foi autuada por conduzir veículo embriagada e levada para a prisão, mas teve a liberdade provisória concedida pela Justiça mediante pagamento de fiança arbitrada em R$ 3 mil. Testemunhas também levantaram a possibilidade de Luisa ter sido atropelada por outro veículo antes de ser jogada sobre o carro conduzido pela corretora de imóveis.
A convocação para a manifestação é do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em rede social. “Não podemos nos calar frente a esse absurdo. Uma vida não vale R$ 3 mil ou qualquer dinheiro. Perdemos uma jovem, mulher, negra, universitária de 24 anos e queremos JUSTIÇA!”, diz a publicação.
Ainda não se sabe a situação dos semáforos no momento do acidente. Por isso, a prefeitura de Vitória, que tem câmeras na região, informou que a Polícia Civil fez a solicitação na manhã desta segunda-feira (18) e as imagens foram separadas para serem entregues e contribuírem com a investigação. Já a Polícia Civil informou que o caso seguiu para investigação da Delegacia de Delitos de Trânsito (DDT), que realiza diligências para apurar todos os fatos atrelados ao acidente, inclusive, nesta manhã, solicitou o circuito de videomonitoramento da região para a Prefeitura Municipal de Vitória.
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Decisão da Justiça
Na audiência de custódia, o juiz José Leão Ferreira Souto entendeu que “a liberdade da suspeita não oferece risco à ordem econômica, pública ou penal, considerando que possui residência fixa e ocupação lícita, bem como é primária. Ademais, considerando que já fora arbitrada fiança em favor da autuada, de forma que ela ainda se encontra recolhida apenas por não ter recolhido o valor arbitrado, verifico, assim, a conveniência de substituir a prisão preventiva da autuada por uma série de medidas cautelares”. A liberdade provisória concedida pelo juiz teve valor reduzido para R$ 3 mil, visto que em sede policial chegou a ser arbitrada em R$ 5 mil.
As medidas cautelares que deverão ser cumpridas pela corretora são:
a) proibição de sair da Grande Vitória sem prévia autorização do Juiz natural da causa;
b) comparecimento a todos os atos do processo, devendo manter endereço atualizado;
c) proibição de frequentar bares, boates, prostíbulos e assemelhados;
d) recolhimento domiciliar de 20h às 6h;
e) comparecer em até 5 dias úteis a contar desta data ao juízo ao qual o presente APF será distribuído, com cópia de comprovante de residência, RG, F, CTPS e título de eleitor.
Adriana foi autuada pelo crime previsto no Artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que diz respeito a conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência.
