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Dia a dia

Adolescente de 13 anos de Cariacica planejava ataque a escola

Investigação dos Estados Unidos identificou que garoto queria realizar atentado em escola; pais disseram que menino tinha vida normal

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Simulacro de arma de fogo encontrada na casa de garoto de 13 anos e conversa identificada pela polícia. Foto: Divulgação/PCES

Uma investigação iniciada nos Estados Unidos identificou que um adolescente de 13 anos, morador de Cariacica, na Grande Vitória, pretendia realizar um ataque em uma escola em até dois anos. Coordenada pelo Ministério da Justiça, a investigação começou depois que o Serviço Secreto e o órgão Homeland Security Investigations, ambos dos Estados Unidos, informaram ao governo brasileiro que pessoas na internet estavam planejando cometer ataques em escolas.

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Diante da informação, a Polícia Civil capixaba cumpriu mandado de busca e apreensão domiciliar na casa do adolescente de 13 anos de Cariacica. Segundo Brenno Andrade, delegado de crimes cibernéticos, o adolescente conversava com uma pessoa de 15 anos de Minas Gerais que também pretendia cometer o crime. A conversa entre os dois, compartilhando ideias, ocorria desde outubro e o prazo era executar o plano em dois anos.

Em conversa com o adolescente, o delegado disse que ele confirmou que tinha vontade de cometer o crime e se não matasse alguém iria se matar. “O adolescente aparentemente tinha vida aparentemente normal, mas uma vontade suicida. Constatamos que não se tratava de uma brincadeira”, disse o delegado.

À polícia, os pais do menino se disseram surpresos com o fato e disseram que o filho tinha vida aparentemente “normal” e não era introvertido e não demostrava estar ando por problema psicológico, só tinha o hábito de ar muito tempo no celular. Ao delegado, o garoto disse que não sofria bullying, apenas brincadeiras comuns e tinha boa relação com os colegas.

Segundo o delegado, o garoto relatou que a ideia do ataque começou depois que as notas do adolescente – considerado um aluno muito bom – caíram. A partir daí começou a ter o pensamento suicida. O adolescente está sendo investigado por incitação ao crime e por apologia ao crime e as investigações vão continuar. Na casa foi apreendido um simulacro de arma de fogo e no celular foi identificada uma conversa em que ele tenta comprar um revólver. Seus pais disseram à polícia que vão procurar ajuda psicológica para o filho.

A operação do Ministério da Justiça contemplou também o adolescente de 15 anos de Minas Gerais com quem o menino de Cariacica conversava e um jovem de 21 anos do Pará, que também fazia pesquisas semelhantes.