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Viradouro é a campeã do carnaval do Rio de Janeiro 2020

De refrão chiclete, o samba causou frisson nas arquibancadas e conquistou os jurados

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Desfile da Escola de Samba do Grupo Especial, G.R.E.S Viradouro, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. Foto: Daniel Castelo Branco/Estadão Conteúdo

Desfile da Escola de Samba do Grupo Especial, G.R.E.S Viradouro, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. Foto: Daniel Castelo Branco/Estadão Conteúdo

 

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A Unidos do Viradouro se sagrou campeã do carnaval do Rio 2020. A escola foi uma das que mais empolgaram o público na primeira noite do desfile. Com alegorias e fantasias luxuosas e bem acabadas, a agremiação de Niterói levou à Sapucaí um enredo sobre as Ganhadeiras de Itapuã. A apuração das notas nesta quarta-feira (26), foi acirrada até o último quesito.

O enredo da escola campeã falou sobre as mulheres escravizadas que no século XIX vendiam comida e lavavam roupas na lagoa do Abaeté, em Salvador – com o dinheiro arrecadado, elas compravam a liberdade de outras mulheres submetidas ao cativeiro. De refrão chiclete, o samba era entoado à capela em dois trechos e conquistou a plateia. As alegorias e fantasias eram muito luxuosas e caprichadas.

O julgamento das agremiações sofreu alterações. Houve aumento de quatro para cinco jurados na avaliação de cada um dos nove quesitos, com eliminação da maior e menor nota em cada um deles. Até o ano ado, apenas a menor nota era desconsiderada na contagem final.

Expectativa era de disputa acirrada

Portela, Viradouro, Unidos da Tijuca, Vila Isabel e Salgueiro foram algumas das escolas que mais empolgaram o Sambódromo no desfile deste ano. A Portela desfilou quando já amanhecia, mas empolgou o público que ainda lotava as arquibancadas. À luz dos primeiros raios do sol, as cores das fantasias e os efeitos que os carros espelhados se destacaram, assim como as belas baianas de azul. A escola contou como era o Rio de Janeiro antes da chegada dos descobridores portugueses e fez crítica à destruição da natureza,

Apesar de chamar atenção por suas críticas sociais, a Mangueira fez uma apresentação morna e não empolgou a plateia como acontece tradicionalmente. Tanto o público como os integrantes da escola tiveram dificuldade de cantar o samba-enredo “A verdade vos fará livre”, que trouxe Jesus de várias formas em carros alegóricos impressionantes. A Mangueira teve também a má sorte de desfilar logo após a Viradouro, cujo samba tinha levantado o público na arquibancada.

Estadão Conteúdo