Cult
Promessa carioca do Jazz se apresenta em Vitória
Jonathan Ferr é um dos destaques da primeira edição do ‘Marien Calixte Jazz Music Festival’. Ele se apresenta no sábado em bairro República

‘O Jazz ainda é um gênero pouco ível’, lamenta Jonathan Ferr sobre o estilo. Foto: Divulgação
Nome promissor do jazz do Rio de Janeiro, Jonathan Ferr apresenta o disco “A Trilogia do Amor”, no “Marien Calixte Jazz Music Festival”, neste sábado, em Vitória. Confira a entrevista com o artista.
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Como o Jonathan Ferr se consolidou em você?
Trabalho com música dede os meus 15 anos. Mas lá em 2013 ou 2014, nasceu a vontade de criar uma sonoridade própria. Eu precisava mostrar o que mexia meu coração. Decidi, então, fazer uma mistura entre jazz, hip-hop, soul e música eletrônica. Assim, eu conseguiria conectar os jovens ao jazz. Outro foco é o afrofuturismo, pois resgato a cosmologia africana, busco um lugar de aproximação com rituais e culturas antigas.
Você sente que o ambiente do jazz tem ficado mais democrático?
Algo que eu prego muito é pela desintelectualização do jazz. Ainda é um gênero pouco ível. As pessoas têm dificuldade de entender que jazz não é só ficar sentado, pagar caro, tomar whiskey ou ter uma formação X ou Y. Meu jazz é para todos. Inclusive, normalmente os álbuns instrumentais são enormes, mas eu fiz questão de que o “Trilogia do Amor” fosse mais rápido e simples.
Por que “A Trilogia do Amor”?
Esse disco é resultado de uma busca muito espiritual minha. No ano em que eu estava produzindo ele, estava em revolução pessoal e repensando várias coisas da minha vida. Fui ao deserto do México, participei de rituais indígenas aqui no Brasil, virei budista… Tudo isso, inevitavelmente, foi saindo na música.
Como será abrir o show para Hermeto Paschoal!
O Paschoal é o mago da música instrumental! Já ouvi muito ele, é uma grande referência para mim. É o nosso Mozart (risos).
