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Bernadette Lyra lança livro de crônicas sobre Vitória

A obra apresenta 25 crônicas escritas entre os anos 1980 até meados de 2018. O lançamento ocorre no dia 12, às 19h, no bar Grappino, em Vitória

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Bernadette no Convento São Francisco, citado no livro. Foto: Luara Monteiro/Divulgação

Bernadette no Convento São Francisco, citado no livro. Foto: Luara Monteiro/Divulgação

Diz a lenda que os índios, por volta do século 17, apelidaram Vitória de “Guananira”, cujo significado lembra algo como “ilha do mel”. Escritora dedicada e “recuperadora” de memória, de histórias e da história, Bernadette Lyra deu o mesmo nome ao seu novo livro, que será lançado no próximo dia 12, às 19h, no bar Grappino, em Vitória.

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O livro apresenta 25 crônicas escritas entre os anos 1980 até meados de 2018, que destacam como protagonistas as angústias, felicidades e histórias que Bernadette viveu em Vitória. Morando em São Paulo há alguns anos e vindo ao estado periodicamente, ela afirma que encontrou aqui os seus momentos de prazer. “Nenhum lugar é perfeito, mas acredito que as virtudes dessa ilha suprimem todos os seus pecados. Aqui é onde eu quero viver o resto da minha velhice”, declara Bernadette, com 81 anos.

Outra titulação que a autora carrega no currículo é o de doutora em Cinema e Audiovisual, pela USP (Universidade de São Paulo). “Não posso negar: sou uma mistura de literatura e cinema, duas artes lindas que dialogam e se completam”, diz. Com isso, ela acaba dando um toque visual aos seus texto, perceptível no detalhismo de Bernadette.

À medida que o leitor se aprofunda na leitura, encontra referências à Reta da Penha, ao Morro da Fonte Grande e ao Convento de São Francisco. Este último, inclusive, revela outro importante aspecto do trabalho: na maioria das crônicas, o Centro é paisagem constante. “Porém, já adianto que não é um livro turístico. É voltado para um sentimento, uma poética… Em outras palavras, é uma ‘cartografia’ do meu afeto pelo bairro e, principalmente, por Vitória”, conta.

Embora tenha escrito algumas das crônicas há 30 anos, Bernadette acredita que as características descritas ainda são atuais. “Continua sendo uma cidade repleta de pecados, de transeuntes e, ao mesmo tempo, de bastante amor. Foi onde fiz muitos amigos, perdi outros, vi tragédias, descasos públicos e construí uma parte da minha carreira”, relembra.