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Coluna Vitor Vogas

Manato responde a Rigoni: “Acusações levianas. Lamento que ele faça esse papel”

Rigoni chamou Manato de “retrocesso”. Candidato a governador pelo PL disse que retrocesso de verdade é a continuação do governo Casagrande

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Respondendo a Felipe Rigoni (União Brasil), o candidato a governador Carlos Manato (PL) chamou de levianas as acusações do deputado federal contra ele e lamentou que o deputado “faça um papel como esse”.

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Na noite desta terça-feira (4), Rigoni anunciou seu apoio à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB), e o fez de modo bem impactante: disse que Manato representa “risco de retrocesso” para o Espírito Santo e “a volta do crime organizado”, além de estar “bem longe de ser um exemplo de político e de cristão”. Ainda afirmou que Manato foi demitido por incompetência de cargo na Casa Civil, nos primeiros meses do governo Bolsonaro, e lembrou que o candidato do PL já pertenceu à Scuderie Le Cocq, grupo de extermínio mais famoso do Espírito Santo até os anos 1990.

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Em um áudio enviado à imprensa por sua assessoria nesta quarta-feira (5), Manato rebateu as afirmações:

“São acusações levianas. Querer me colocar com o crime organizado. Isso não cola.”

Manato afirmou que o filho do governador, Victor Casagrande, e “a namorada do filho dele” foram assessores no gabinete parlamentar de Rigoni.

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“Lamento que Rigoni faça um papel desses”, disse o candidato, que deu a sua explicação para o fato de já ter integrado o quadro de associados à Le Cocq:

“Eu participei da Associação de Diplomados da Escola Superior de Guerra [Adesg], fiz o curso lá. O grupo que estava lá, que era um grupo de juízes, médicos, e me convidaram depois para ir para uma outra instituição [a Le Cocq]. Nós olhamos a outra instituição, fomos lá, sentimos que não era o mesmo clima da Adesg e, do mesmo jeito que entramos, saímos. E minha vida é limpa, está aberta. Quem quiser uma procuração para ir lá no TJES ver se tem alguma coisa comigo, é só ir lá no TJES que eu dou a procuração.”

Para Manato, as acusações de Rigoni são “falácias” e fazem parte de uma estratégia da campanha adversária para desconstruir a sua imagem. “Querem me desconstruir.”

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Manato ainda citou membros do primeiro e do segundo escalão do governo Casagrande envolvidos em investigações relacionadas a corrupção e disse ter uma vida pública ilibada, tendo ado ileso por casos de corrupção que atingiram muitos outros deputados federais durante os 16 anos em que ele exerceu mandatos na Câmara (entre 2003 e 2018):

“Teve mensalão: não pegou Manato. Teve a Máfia dos Sanguessugas: não pegou Manato. Teve o petrolão: não pegou Manato. Fui corregedor da Câmara. Tenho uma vida limpa, bonita. Sou casado há mais de 30 anos. Retrocesso é continuar com eles. Para mim isso é assunto encerrado. Não vou bater boca com uma pessoa que recebeu benesses para fazer uma maldade dessas”.

Manato ainda citou Casagrande como suspeito de ter sido beneficiado eleitoralmente no ado com financiamento ilegal de campanha (caixa dois) praticado pela empreiteira Odebrecht, uma das principais empresas descobertas pela Lava Jato como lesivas aos cofres públicos.

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Vitor Vogas

Nascido no Rio de Janeiro e criado no Espírito Santo, Vitor Vogas tem 39 anos. Formado em Comunicação Social pela Ufes (2007), dedicou toda a sua carreira ao jornalismo político e já cobriu várias eleições. Trabalhou na Rede Gazeta de 2008 a 2011 e de 2014 a 2021, como repórter e colunista da editoria de Política do jornal A Gazeta, além de participações como comentarista na rádio CBN Vitória. Desde março de 2022, atua nos veículos da Rede Capixaba: a TV Capixaba, a Rádio BandNews FM e o Portal ES360. E-mail do colunista: [email protected]

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