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Coluna André Andrès

Cinco opções de Pinot Noir, de R$ 40,00 a R$ 2,5 milhões

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Na semana na qual se comemora o Dia do Pinot Noir, a melhor maneira de se festejar é abrindo uma garrafa de tinto feito com essa casta. Nunca provou? Tente! Vale a pena! É um vinho muito marcado por toques de frutas vermelhas e pretas (ameixa, amora). De coloração bem leve e de sabores muito delicados. Há quem prefira prová-lo numa temperatura um pouco mais fria da normalmente usada com os tintos, algo em torno de 14º. Como se espalhou pelo mundo, a casta rende bons vinhos em alguns locais além da França. É o caso de rótulos feitos na Nova Zelândia, por exemplo. E há, lógico, os grandes vinhos feitos com a uva, entre eles, alguns dos mais caros do mundo. Por isso, a relação de hoje vai fazer um pequeno eio pelo mundo da Pinot Noir, oferecendo opções de várias partes do planeta e, lógico, com preços bastante variados.

Salton Intenso Pinot Noir – Uma boa maneira de conhecer a uva. O Intenso da Salton é um tinto bem leve, bastante frutado, com as características básicas da casta, ressaltadas por três meses em barricas de carvalho. É um vinho bem adequado à sua proposta: ser uma opção honesta, ível e de aromas e sabores muito agradáveis e delicados. É produzido em Bento Gonçalves. E é uma excelente escolha dentro de sua faixa de preço: R$ 41.
Onde: Boas lojas e supermercados

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Vinho chileno Annie

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Annie Special Reserve – Este tinto, produzido pela Viña de Aguirre no Vale do Maule, no Chile, a nove meses em barricas de carvalho francês. O vinho tem a cor típica de Pinot Noir, ou seja, é de um vermelho translúcido. Além das frutas, sempre presentes, surgem também, nos aromas, uns toques de café e caramelo. Mas isso ocorre após alguns minutos de respiração do vinho. Na boca, ele é muito fresco, gostoso, com acidez equilibrada. E bom preço: em torno de R$ 60.
Onde: Empório São Bento
Contato: 98102-8406

Vinho Menage À Trois Luscious Pinot Noir – Exemplo da boa produção conseguida com a casta nos Estados Unidos. O vinho é feito na Califórnia. É um tinto mais escuro, menos frutado e um pouco mais “puxado” para toques como baunilha e chocolate, resultado do estágio em carvalho francês e americano. O preço é um pouco mais elevado (em torno de R$ 140), mas vale a pena ser provado.
Onde: encontrado em sites.

Marlborough Sun Pinot Noir – A casta nascida na Borgonha encontrou um espaço ideal na Nova Zelândia, principalmente na região de Marlborough. O resultado são vinhos muito bem feitos, muito bem resolvidos. As características são bem parecidas com as dos tintos ses: muitas frutas vermelhas, como cereja, framboesa e amoras. É um vinho bastante fresco, e pode ser servido com uma temperatura mais baixa. Muito gostoso e também compensa o preço: em torno de R$ 170.
Onde: Grand Cru

O vinho mais caro do mundo

Domaine de La Romanée-Conti – O vinho não está aqui, obviamente, como opção de compra, embora alguém possa ser aventurar a comprar uma garrafa. Mas o Romanée-Conti precisa ser citado para termos uma noção do nível alcançado pela Pinot Noir: alguns dos vinhos mais caros e raros da França e do mundo são produzidos com essa uva. Melhor não falar sobre os aromas e sabores surgidos a partir da taça. Quando se toma um Romanée prova-se um misto de história, de luxo, de exclusividade e, logicamente, de ostentação. Afinal, uma garrafa de safra “normal” pode ser encontrada no Brasil por R$ 33 mil. Achou o preço alto? Bem, barata a garrafa não é. No entanto, em outubro de 2018, em um leilão na Sothebys, em Nova York, uma garrafa de Romanée-Conti 1945 foi arrematada por inacreditáveis US$ 558 mil, algo em torno de R$ 2,5 milhões. Ninguém nunca soube o nome do vencedor do leilão.

André Andrès

Há mais de 10 anos escrevo sobre vinhos. Não sou crítico. Sou um repórter. Além do conteúdo da garrafa, me interessa sua história e as histórias existentes em torno dela. Tento trazer para quem me dá o prazer da sua leitura o prazer encontrado nas taças de brancos, tintos e rosés. E acredite: esse prazer é tão inesgotável quanto o tema tratado neste espaço.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.