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A saída de Mandeta e mais duas notícias para iniciar o dia

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A saída de Mandetta.

Já não resta dúvida sobre a demissão do ministro da Saúde. Há informações sobre uma reunião ocorrida entre ele e a equipe na noite de terça-feira (dia 14). Mandetta comunicou a seus assessores sobre a busca de um nome para substitui-lo. Osmar Terra (PMDB-RS), deputado federal, fez muito barulho para se contrapor ao futuro ex-ministro. Virou um nome exageradamente óbvio, e isso, na política, é um erro. Virou aposta de poucos no Palácio do Planalto. Além do nome, há outra questão para o presidente Jair Bolsonaro: o momento. O apoio público ao ministro diminuiu nos últimos dias, como se houvesse uma concordância em relação a exageros cometidos por ele na entrevista ao Fantástico. Mesmo para quem o apoiava, Mandetta “ou a linha da bola”, como definiu o general Mourão. Mas é melhor demiti-lo agora, quando a curva trágica das mortes provocadas pelo covid-19 começa a ganhar ainda mais velocidade, ou depois de ele ter sido desgastado pelos números ainda mais tenebrosos, previstos para ocorrer no país em um prazo relativamente curto? As respostas para essas duas perguntas veremos nas próximas horas. Ou nos próximos dias.

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O anúncio do astronauta.

Houve uma cena rápida, mas curiosa, nesta terça, durante a entrevista de Luiz Henrique Mandetta no Palácio do Planalto. O quase esquecido ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou não poder dar todas as informações por conta de alguns detalhes ainda a serem confirmados. Mas anunciou para esta quarta (15), às 11 horas, uma entrevista coletiva “para dar uma ótima notícia para o país”. Ele reforçou: todo o trabalho feito pelo ministério tem bases científicas. Bom… não se poderia esperar nada diferente do Ministério da Ciência. De qualquer forma, Pontes deixou vagando no ar qual seria essa boa notícia. Disso o ex-astronauta entende…

Isolamento cai, casos sobem.

Informação postada pelo ES360 mostra a queda para 47% do isolamento no estado. Esse índice já atingiu 62% nas últimas semanas. Realmente, basta acompanhar o início e o final do dia nos calçadões da Grande Vitória para observar um clima de quase-férias. Nos finais de semana é possível encontrar um número ainda maior de pessoas nas areias e praticando esportes coletivos. E mais: a busca pelos R$ 600 liberados pelo governo federal tem provocado aglomerações diárias nas portas da Caixa e de escritórios da Receita Federal. Isso sem contar a abertura desenfreada de bares e pontos comerciais em bairros mais afastados dos centros das cidades. Não deve ser apenas coincidência o fato de ter sido anunciado nessa terça-feira o registro de mais 94 casos confirmados de covid-19 no Espírito Santo, um recorde nas estatísticas diárias do estado. Também não deve ser coincidência o fato de, juntos, os bairros de Praia da Costa e Itapuã, por onde muitas pessoas eiam como se estivéssemos em pleno verão, liderarem o número de casos no estado. O desrespeito ao isolamento cresce. E com ele começa a crescer o número de casos, a ocupação dos leitos (55%, segundo dados dessa terça, dia 14). E também o número de mortos.

Antonio Carlos Leite

Antonio Carlos tem 32 anos de jornalismo. E um tempo bem maior no acompanhamento das notícias. Já viu muitos acontecimentos espantosos. Mas sempre se sente surpreendido por novos fatos, porque o inesperado é a maior qualidade das coberturas jornalísticas. E também da vida...

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