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Bem-estar

Tendência entre jovens de raspar os cílios pode prejudicar a saúde ocular

Tendência estética nascida no TikTok preocupa oftalmologistas, que alertam para riscos como infecções e perda definitiva dos cílios

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Raspar os cílios compromete essa proteção natural. Foto: Reprodução/TikTok

Raspar os cílios compromete essa proteção natural. Foto: Reprodução/TikTok

A tendência de raspar completamente os cílios ganhou força entre jovens na internet. O que começou como um truque para alinhar os fios ou remover o “baby hair” evoluiu para a remoção total dos pelos das pálpebras. Apesar de parecer uma escolha estética, especialistas alertam para os riscos graves dessa prática.

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Segundo a oftalmologista Sylvia amani, do Hospital de Olhos Vitória, os cílios cumprem uma função essencial. “Eles não estão ali por acaso. Mais do que um detalhe estético, os cílios funcionam como uma barreira natural contra poeira, partículas, suor e até pequenos insetos, ajudando a manter os olhos limpos e protegidos”, afirma.

A retirada dos cílios compromete essa proteção natural, deixando os olhos mais expostos. Sem os fios, os olhos ficam mais expostos e vulneráveis a infecções, como conjuntivite, além de irritações e alergias provocadas por agentes externos. O uso de lâminas também pode causar microferidas nas pálpebras, facilitando a entrada de bactérias. E em alguns casos, a remoção constante pode danificar os folículos, impedindo o crescimento dos cílios no futuro”, alerta.

Outro ponto preocupante, segundo a especialista, são as complicações secundárias. Há o risco de triquíase, condição em que os cílios crescem de forma errada e tocam a superfície ocular. Isso pode causar dor, vermelhidão e até lesões na córnea. Também existe o perigo da blefarite, inflamação nas pálpebras que pode se agravar na ausência dos cílios.

A recomendação é simples, mas importante: evitar modismos perigosos que envolvam a área dos olhos. “Os riscos são altos e podem comprometer a visão. É importante que as pessoas estejam conscientes dos perigos e evitem práticas como essa, que colocam em risco a saúde ocular”, conclui.

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