Bem-estar
Qual é a importância da felicidade no mercado de trabalho?
- Por Flávia da Veiga
Imagine a cena. Fórum Econômico Mundial, em Davos. O mais concorrido, adivinhe qual foi? Economia? Não, felicidade. Universidade de Harvard. Qual matéria mais concorrida? Direito? Medicina? Não. Felicidade. Lisboa. Vinte países se reúnem para discutir um tema altamente relevante. Reunião do G20? Não, reunião do H20, um grupo de 20 países que se reuniam para discutir a felicidade e o bem-estar da população.
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São três exemplos de como a “felicidade” se tornou importante. De como esse tema não é assunto reservado somente a filósofos e poetas. É um assunto econômico, social e de saúde pública. E por que é tão importante?
- 1. Começamos a perceber que apesar de toda evolução da humanidade, nunca estivemos tão infelizes. Percebemos que o desenvolvimento econômico não garante aumento de bem-estar.
- 2. Descobrimos que não é o sucesso que traz a felicidade, a felicidade que traz o sucesso: pessoas felizes são mais generosas, mais engajadas, criativas, se relacionam melhor, tem melhores casamentos, são mais saudáveis.
- 3. Grande pensadores e futurólogos apontam a “felicidade” como uma grande tendência, como o historiador Yuval Harari, que em Homo Deus afirma que teremos três grandes preocupações: a divindade, a imortalidade e a felicidade.
E o que esse assunto tem a ver com trabalho? Tudo. 73% das pessoas estão infelizes no trabalho, já com os gestores, esse número sobe para 85%. É muita gente infeliz, não? As consequências são as mais diversas possíveis: 60 a 80% dos acidentes na indústria são causados por estresse.
150% bilhões é o custo do estresse para a indústria americana.
Mas ao mesmo tempo, quais são os benefícios de pessoas mais felizes no trabalho?
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- • Aumento de produtividade de 31% (Greenberg & Arawaka)
- • 66% menos ausências por doenças (Forbes)
- • 55% de queda no turnover (Gallup)
- • Desenvolvimento de softskills como criatividade, empatia, resiliência (Exame).
- Só para citar alguns números.
Mas o mais importante: mais do que números, estamos lidando com pessoas, que todas têm o direito à felicidade.
Quando falamos que felicidade dá lucro, queremos dizer que o resultado vem para todos os envolvidos, e o lucro financeiro vem sim, mas vai além. Quer maior resultado do que ser e ter pessoas felizes ao seu redor?
Mais do que buscar os resultados, devemos buscar o que é o certo, no final da vida, queremos ser lembrados como exemplos do que ser feito, não do que ser evitado, não é mesmo?
O nosso sucesso não será medido pelos milhões na conta bancária, mas pelas vidas que podemos tocar.
- Flávia da Veiga é colunista do ES360
