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Bem-estar

Novas cirurgias tratam incontinência urinária no Espírito Santo

Procedimentos inéditos realizados no Meridional Serra trazem mais qualidade de vida para pacientes com incontinência urinária grave

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Incontinência urinária

Incontinência urinária. Foto: FreePik

Cerca de 10 milhões de brasileiros convivem com algum grau de incontinência urinária, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). A condição afeta 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos, impactando diretamente a qualidade de vida.

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O problema pode gerar desconforto, isolamento social e até prejuízos nos relacionamentos. A perda involuntária de urina, especialmente nos casos graves, compromete a rotina dos pacientes. As causas incluem enfraquecimento do assoalho pélvico, gravidez, obesidade, infecções, tumores, problemas neurológicos, cirurgias e até estresse.

Cirurgias inéditas no Espírito Santo

Graças aos avanços da urologia, dois procedimentos inéditos no Espírito Santo foram realizados em março no Hospital Meridional Serra pelo urologista e professor José Tadeu Carvalho Martins.

Uma das técnicas é a neuromodulação sacral, que funciona como um “marca-o” para a bexiga. O procedimento é minimamente invasivo e utiliza impulsos elétricos para regular o funcionamento da bexiga, do intestino e do assoalho pélvico.

“O dispositivo InterStim X não precisa de recargas e tem vida útil superior a dez anos, o que reduz a necessidade de novas cirurgias”, explica o especialista. A tecnologia atua diretamente nos nervos sacrais, promovendo melhora imediata dos sintomas.

A neuromodulação é indicada para pacientes com incontinência urinária, fecal e dor pélvica crônica, quando não há resposta aos tratamentos convencionais. Entre os benefícios estão a recuperação do controle sobre as funções corporais, redução dos sintomas e melhora significativa na qualidade de vida.

Esfíncter urinário artificial é alternativa eficaz

O segundo procedimento inédito foi a colocação do esfíncter urinário artificial AMS 800, equipado com a tecnologia InhibiZone, que oferece maior resistência contra infecções. A cirurgia foi feita em um paciente de 76 anos que desenvolveu incontinência urinária após prostatectomia radical robótica, tratamento utilizado no câncer de próstata.

“O esfíncter artificial simula a função do esfíncter natural e controla a saída de urina da bexiga. O InhibiZone, por sua vez, tem cobertura antibiótica de amplo espectro, o que reduz significativamente o risco de infecções”, destaca Carvalho.

Além de garantir maior controle da incontinência, o dispositivo é interno e discreto, oferecendo conforto e mais segurança para o paciente, que recupera a confiança nas atividades do dia a dia.

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