Bem-estar
Médico tira dúvidas sobre cuidados paliativos em Pelé
Entenda quando é necessário iniciá-lo para confortar o paciente
A notícia de que o jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, começou os cuidados paliativos deixou muitos brasileiros apreensivos sobre o tempo de vida em que o ex-atacante terá pela frente.
Pelé enfrenta um câncer e não responde mais ao tratamento feito com quimioterapia. Mas o que muitos desconhecem, os cuidados paliativos não são feitos somente quando não há mais esperança de recuperação.
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O médico Mayke Armani, especialista em Cuidados Paliativos do Vitória Apart Hospital, explica que pacientes de doenças ameaçadoras à vida, como câncer, Alzheimer e até doenças infecciosas crônicas, devem ter os cuidados paliativos como parte de todo o tratamento, e não apenas quando o tratamento curativo deixa de ser possível.
No caso específico do Pelé, ele contou que conhece a equipe médica do Hospital Albert Einstein, onde o Rei está internado, e acredita que o tratamento paliativo começou bem antes de quando foi anunciado.
“Quando alguém tem um câncer, tem os cuidados para o câncer. Além desses, temos o tratamento para dores, para enjoos, que são feitos pelos cuidados paliativos”, informou.
Armani reforçou que os cuidados começam junto ao tratamento e não depois. “Cuidados paliativos servem para trazer conforto ao paciente e ajudá-lo a se preparar para momentos não planejados e de possível sofrimento”, explicou.
Pelé segue evoluindo com melhora progressiva do estado geral, em especial da infecção respiratória, informou o boletim médico divulgada na tarde desta terça-feira (6).
Pelé foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 29 de novembro para uma reavaliação da terapia quimioterápica do tumor de cólon, identificado em setembro de 2021.
