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Bem-estar

Com baixa adesão, campanha de vacinação contra o sarampo é prorrogada no ES

No Espírito Santo, apenas 4,5% do público-alvo recebeu a imunização. Etapa da campanha visa vacinar adultos de 20 a 49 anos até 31 de outubro

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Vacina. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Vacina. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Após baixa adesão à campanha de vacinação contra o sarampo para adultos entre 20 e 49 anos, o governo decidiu prorrogar a campanha até o dia 31 de outubro. O Espírito Santo conseguiu vacinar apenas 4,5% do público-alvo até o dia 31 de agosto, uma das menores taxas entre os estados. Das 1.707.734 pessoas na faixa etária de 20 a 49 anos, foram vacinadas no Estado, 76.537 pessoas.

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De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), todos as pessoas nessa faixa etária devem receber uma dose extra da vacina, mesmo se já foram vacinados contra o sarampo na infância, para evitar o avanço da doença, que já chegou a ser considerada erradicada no Brasil, mas novos casos têm sido registrados em outros 21 estados. No Espírito Santo, neste ano, foram contabilizados 35 casos suspeitos, todos descartados. No ano ado, no mês de agosto, foram registrados quatro casos.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis da Secretaria da Saúde, Danielle Grillo explicou que a vacinação para adultos é importante porque essa faixa etária de 20 a 49 anos é a que mais adoece por sarampo no país. Além disso, destacou que esses adultos também podem ser fontes de infecção para outras pessoas, como crianças e imunossuprimidos, para os quais a doença é mais grave.

“O vírus ainda circula no país. Em 2020 tivemos 21 estados registrando casos confirmados da doença. Manter ações de vacinação é a medida mais eficaz contra a disseminação do vírus. Infelizmente a adesão está muito baixa em todo o país. Teve a influência da pandemia do coronavírus, mas mesmo assim o público adulto é mais difícil de vacinar”, explica.

O sarampo é uma infecção provocada por vírus que tem alta capacidade de transmissão, por se espalhar pelas gotículas respiratórias. Danielle explicou que as pessoas devem ficar atentas caso tenham sintomas como febre acompanhada de tosse, irritação na garganta, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo.

“Se alguém apresentar esses sinais deve procurar o serviço de saúde e se manter em isolamento, pois entre quatro dias antes e quatro dias depois do surgimento dos sintomas o vírus é transmitido. Nas crianças e imunossuprimidos a doença pode levar a complicações como pneumologia e também aos desenvolvimento de doenças neurológicas e até cegueira”, alerta.