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Bem-estar

Cirurgia Ortognática: saiba tudo sobre o procedimento

Ortodontista destaca que além de ser utilizada para fins funcionais, a cirurgia também proporciona melhora na harmonia facial

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A cirurgia é usada para a correção do crescimento deficiente ou exagerado dos maxilares. Foto: Bigstock

A cirurgia ortognática é um procedimento utilizado para correção do crescimento deficiente ou exagerado dos maxilares e de outros ossos que envolvem o rosto, como, por exemplo, o queixo, maçã do rosto ou nariz. Essas alterações podem originar distúrbios na mordida, dores nas articulações e até problemas na respiração. A ortodontista Catarina Riva destaca que além dos problemas funcionais, as anomalias dentofaciais repercutem também na estética facial, dificultando o convívio social e acarretando em danos psicológicos importantes.

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Catarina explica que após o diagnóstico, várias avaliações são feitas para planejar a melhor forma de tratamento e, geralmente, a cirurgia é indicada para pessoas acima dos 17 anos, que é quando os ossos da face já se desenvolveram suficientemente. Na infância, tenta-se corrigir o problema com o uso de aparelhos ortodônticos ou com a infiltração de medicamentos, mas, caso as deformidades sejam muito severas, pode-se realizar a cirurgia para evitar a evolução do quadro, sendo feita uma primeira intervenção e após o término do crescimento dos ossos da face, uma segunda correção é necessária.

Dentista Dra. Catarina Riva. Foto: Divulgação

“Para que seja realizada, é preciso que o paciente utilize aparelhos ortodônticos por pelo menos dois anos, para que a posição dos dentes seja corrigida em função da estrutura óssea: os dentes superiores em relação à maxila e os inferiores à mandíbula. Após os anos de uso recomendados, é feita uma simulação virtual da cirurgia com o objetivo de visualizar o resultado final, incluindo os efeitos estéticos”, explica a profissional.

De acordo com a posição do maxilar e dos dentes, o cirurgião pode recomendar a realização de dois tipos de cirurgia: 

• Cirurgia ortognática classe 2, que é realizada nos casos em que o maxilar de cima fica muito à frente dos dentes de baixo;

• Cirurgia ortognática classe 3, que é utilizada para corrigir casos em que os dentes de baixo ficam muito à frente dos do maxilar de cima.

Em seguida, ainda com o paciente usando aparelho ortodôntico, realiza-se o reposicionamento da mandíbula por meio de procedimento cirúrgico, que é feito por dentro da boca e raramente há um corte externo, onde o osso é cortado e fixado na posição correta por meio de estruturas de titânio.

A especialista destaca que, a recuperação total dura entre 6 a 12 meses, mas, que geralmente com 30 dias o paciente já está apto a iniciar o retorno gradual às atividades rotineiras. Além disso, é necessário fazer uma alimentação líquida ou pastosa nos primeiros 3 meses ou de acordo com a indicação médica, fazer sessões de fisioterapia para diminuir a dor e o inchaço local. Após cerca de 15 dias, se a cicatrização estiver boa, é recomendado exercícios para aumentar a movimentação da articulação temporomandibular e facilitar a abertura da boca, facilitando a mastigação.